Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 88 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA Pari passu com o excepcional avanço nos negócios e na ampliação do portfólio de serviços, as agências de comunicação foram impactadas por tendências que chegaram junto com a pandemia, influenciadas ou nem tanto por elas. O fato é que coisas nunca antes pensadas ou cogitadas ganharam espaço e lugar de fala nas agendas. A neutralidade das organizações em temas polêmicos, na linha de não querer manchar a sua reputação ao tomar partido, começa a ser questionada, embora, claro, haja situações em que a prudência seja aconselhável. Mas, nos casos gritantes, como, por exemplo, diversidade, inclusão, corrupção, entre outros, a ausência de opinião pode, esta sim, ser contraproducente. No olhar das sócias-diretoras Lígia Batista e Priscilla Caetano, da Aliá RP, agência com sede no Rio de Janeiro, fundada por elas em 2019 e que cresceu expressivos 38% em 2021, “é a sociedade que está a pedir por posicionamentos firmes em situações e temas relevantes, e as organizações que não o fizerem correm sério risco reputacional”. Segundo o pensamento de ambas, em um contexto global que combina pandemia, guerra e fake news, os fatores humano e social são decisivos e a comunicação corporativa, imprescindível, pela capacidade de apoiar as organizações nessa jornada, que passa por saber lidar melhor com temas complexos e também a manter uma conexão mais efetiva, eficaz e transparente com os diversos públicos. “Na Aliá RP”, asseguram, “avançamos na área digital, com novos clientes de gestão de redes sociais. Outra frente que cresceu foi a de produção de conteúdo, com os clientes buscando formas de manter contato com o público-alvo por meio de newsletters e produtos editoriais relevantes. Além disso, mantivemos forte atuação em relacionamento com a mídia e em comunicação interna. Por outro lado, entendemos que as incertezas no cenário de pandemia e o desaquecimento da atividade econômica foram fatores que impactaram o mercado como um todo, e nós inclusive. Diante disso, algumas empresas continuaram cautelosas nos investimentos, dificultando o fechamento de contratos fixos e/ou de longo prazo. Também a intensificação da concorrência e a prática de preços abaixo do padrão de mercado pesaram de forma negativa na balança”. Neutralidade não. A sociedade pede posicionamentos firmes Aliá RP Lígia Batista
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