Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 72 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA mente neutras é que sofrem. Estamos na era do propósito, do ESG, de uma geração Z engajada entrando para a população economicamente ativa e, consequentemente, no mercado consumidor. E, em um cenário de pandemia, piora geral de vida da população, conflitos internacionais e eleições, há muitos temas sobre os quais se manifestar. Neste contexto, acredito que entre os nossos desafios está o de ir atrás das novidades nesse campo e achar, com os clientes, o tom certo na hora de se conectar com as mais diversas audiências. Myrian volta ao tema conteúdo e dados. “É a combinação dessas duas coisas, com toda a expertise e tecnologia requeridas no meio do caminho, que formará a comunicação de excelência nos próximos anos. O conteúdo deve ser cada vez mais autêntico, personalizado e, claro, em formatos bastante diversos. E o jeito de customizá-lo para as audiências específicas – e fazê-lo chegar a elas – é justamente o uso da quantidade inimaginável de dados disponível hoje, com o advento da digitalização. Aí vêm os desafios. Em primeiro lugar, sabemos que isso já não envolve apenas o conteúdo produzido dentro das agências e redações. As redes sociais democratizaram a produção e criaram novos agentes, os influenciadores, muitas vezes mais populares do que as empresas. E eles serão parte incontestável da comunicação corporativa. Em segundo lugar, como em muitas outras áreas que envolvem inovação, a mão de obra especializada, neste caso em análise de dados, é escassa. Será preciso treinar as equipes para que elas entendam esse universo. E eu citaria mais um: as novas necessidades na gestão de pessoas surgidas depois de uma crise que afetou a todos nós de maneira bastante pessoal. O trabalho, é claro, é essencial. Mas outros fatores passaram a fazer parte das decisões dos colaboradores, e isso torna a contratação e manutenção de talentos muito mais complexa”. Myrian Vallone Sob a dupla batuta de Viviana Toletti e Daniel Bruin (ele também presidente do Conselho Gestor da Abracom), a XCOM Comunicação, nascida em São Paulo em 1994, bateu em R$ 5 milhões de faturamento, o que representou uma expansão de 9% sobre 2020. O sentimento de cautela, diante das múltiplas incertezas remanescentes do final de 2021 e que também se fizeram presentes nos primeiros meses de 2022, é o que tem prevalecido na agência, que já convive com uma leve reação, que permite aos seus dirigentes acreditar que poderá chegar perto da performance do ano passado em termos de novos projetos e clientes. Segundo Viviana Toletti, embora desafiador, o ano de 2021 ensejou a conquista de novos clientes e a implantação de novos serviços, o que deu mais musculatura para a agência e teve, como fatores negativos, como aconteceu com praticamente todo o mercado, a dificuldade para encontrar mão de obra qualificada e a exigência de uma engenharia complexa para equilibrar receitas e despesas, por causa da acentuada elevação de custos. Vivi celebra como grande destaque o cresciEstamos fechando o círculo da comunicação integrada, mixando todas as disciplinas XCOM Comunicação
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