Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 70 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA neiro e julho de 2021, viramos o jogo em agosto e, com isso, o último quadrimestre de 2021 garantiu um crescimento de 12% no faturamento da agência com as contas privadas. E se é para falar de tendências, Michel não titubeia em afirmar que, a seu ver, um dos caminhos para as agências será o de se especializarem na distribuição de conteúdo no ambiente digital: “As pessoas estão consumindo cada vez mais informação na rede, o que é positivo para o nosso mercado”. Outra tendência que aponta, pelo interesse que o próprio mercado demonstra ter, é o aprimoramento da tecnologia para monitoramento de menções e citações na mídia e nas redes sociais, com apuração de dados qualitativos. O ano de 2022, segundo Michel, ainda não está ganho, fruto das incertezas conjunturais, podendo ser até um ano de recessão e queda nos negócios. De todo modo, na entrevista que concedeu a este Anuário, disse que vê alguma chance de aceleração dos negócios no último trimestre do ano, período em que os recursos deverão ser carreados em grande escala para as campanhas eleitorais; e que crê em boas perspectivas para 2023: “Sou bem otimista em relação aos próximos anos. Acredito que após dois anos de pandemia mundial, guerra na Europa e eleições presidenciais no Brasil, virá um período de muita prosperidade, aquecimento do mercado, com a informação oficial e profissional sendo valorizada e, por consequência, o nosso setor. No entanto, reforço que ações de entidades como Abracom e Aberje em defesa do mercado e das boas práticas serão decisivas para a consolidação desse cenário positivo”. Não é só no andar de cima, entre as grandes do segmento das agências de comunicação, que avança o movimento de consolidação da atividade. Entre as médias e pequenas isso também já vem sendo uma realidade e a tendência, num mercado em que oficialmente temos cerca de 900 agências e informalmente perto de 1.500, é que se acentue, tendo em vista os ganhos financeiros e a competitividade das empresas. E é nessa frequência que hoje a Ink Comunicação, agência que Raul Fagundes Neto fundou e dirige desde 2004, se encontra, após ter incorporado, em 2021, a Market21, especializada no segmento de Tecnologia da Informação, e com apetite para novas negociações. Ele próprio explica: “O mercado mudou muito na última década e as agências acompanharam, em maior ou menor escala, essa mudança, agregando novos serviços e abordagens, buscando novos nichos, novas ofertas e tecnologias, talentos com perfis diferentes etc.. Hoje as agências atuam de forma mais ampla e integrada. Para mim este caminho vai se acelerar nos próximos anos, o que exigirá das agências não apenas mais agilidade, mas também criatividade e inovação para se manterem no jogo. O movimento de consolidação do mercado deve intensificar-se Ink Comunicação Raul Fagundes Neto
RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=