Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 68 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA Se reunirmos dez agências de comunicação, reconhecidas pela excelência dos serviços prestados e com reputação ilibada, para dar sua opinião sobre a prática, atualmente em alta, dos pregões eletrônicos para as concorrências na área pública, certamente haverá uma unanimidade de que esta é uma prática nefasta, indesejável e que só prejudica o mercado e os próprios contratantes. E nem é preciso muita elucubração para chegar-se a esse juízo de valor, tendo em vista que os pregões, de um modo geral, têm como único fator decisório os preços. Defensor do fim dos pregões eletrônicos, Michel Rodrigues, presidente da Savannah Comunicação Corporativa, agência por ele fundada em 2004, em São José dos Pinhais (PR), e que faturou, em 2021, mais de R$ 5,7 milhões, lamenta que a prática, ao invés de encolher e ser repudiada pelo mercado, avançou nesse período apoiando-se na crise da pandemia. Com isso, órgãos que outrora se negavam a contratar serviços de comunicação por esse sistema renderam-se e o adotaram, para revolta generalizada. No olhar dele, é fundamental que haja uma defesa institucional por parte de Aberje e Abracom de um modus operandi que priorize práticas saudáveis nas concorrências públicas. Michel considera inadmissível que isso aconteça no segmento da comunicação corporativa, sobretudo quando se sabe que o mesmo não se dá com as agências de publicidade, que estão bem tranquilas e protegidas pela Lei 12.232/10, feito que ele atribui ao trabalho de lobby da Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda). Se os negócios com o setor público estão momentaneamente prejudicados, no setor privado a situação é mais confortável, conforme explica o executivo da Savannah: “Após sete meses de queda no faturamento no mercado privado, entre jaÉ preciso combater os pregões eletrônicos nas concorrências públicas Savannah Comunicação Corporativa Michel Rodrigues novas. Diversidade é um valor para a Rede, escolhido pelos próprios funcionários”. Flávia lembra que o propósito da Rede é “comunicar para transformar as relações”. “Acreditamos piamente nisso”, salienta, “e se o mundo inteiro está mudando, a comunicação precisa ser a impulsionadora de tudo isso. Criar esse movimento dentro da agência, onde pensar e repensar diariamente o status quo da comunicação é uma regra, foi o caminho que escolhemos para seguir transformando as organizações. Comunicação transforma. Nós transformamos a comunicação”.
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