Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 38 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA contribuir para a disseminação de boas práticas dos clientes”. E é impossível não citar o trabalho de relações com a mídia, que, segundo Salvador, segue como porta de entrada para novos clientes, abrindo oportunidade para novos negócios. E como está para o Grupo CDI o mercado, em 2022? Para ele, em termos de negócios, não há muito o que reclamar: “O primeiro trimestre apresentou um comportamento muito parecido com o do final de 2021, mantendo-se bastante acelerado. A CDI Comunicação conquistou, nos meses iniciais do ano, dez novos clientes, com destaque para a área digital. Além disso, a incorporação das agências NR7 e Seven PR vem contribuindo para a entrada de clientes de diferentes perfis e áreas de atuação. A expectativa para o ano é crescer entre 15% e 20%, chegando a um faturamento total de R$ 60 milhões”. Tudo então são flores? Opa, isso não. O ponto negativo, quase uma unanimidade no segmento, é a redução de preços. Se muitos dizem que a pressão dos clientes tem sido decisiva para esse achatamento monetário nos contratos, Salvador põe aí uma pimenta: o que temos visto, principalmente, são agências com valores inferiores aos praticados pelo mercado. “Ou seja, ao mesmo tempo em que mostramos a importância de ter uma comunicação de qualidade e transparente, somos impactados por preços muito baixos e equipes sem especialização. Conclusão, isso reflete no trabalho e compromete o setor como um todo”. Antonio Salvador Silva O melhor ano da história da JeffreyGroup, que cresceu excepcionais 57% em 2021, batendo muito perto dos R$ 50 milhões de faturamento, não esconde uma preocupação: a pressão dos clientes por preços menores, que retiram margens das agências e acabam comprometendo a qualidade dos serviços. Patrícia Dávila, diretora-geral da JeffreyGroup no Brasil, reporta a questão da sustentabilidade do negócio das agências no médio prazo como um dos mais importantes para a cadeia produtiva. O aumento de custos com pessoal associado ao turnover, combinado ao aperto nos orçamentos e fees − com negociações cada vez mais difíceis –, Como manter os investimentos com margens cada vez mais estreitas? JeffreyGroup
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