Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 37 O Grupo CDI, fundado por Antonio Salvador Silva em 1990 e que está entre os dez maiores do País na comunicação corporativa, chegou em 2021 aos R$ 50 milhões de faturamento, número que já embute as receitas das agências NR-7 e Seven PR, de Nelson Rodrigues e Henrique Repiso, incorporadas oficialmente neste começo de 2022, somando-se à Sallero, à Manacá Filmes e à âncora CDI Comunicação. O salto deu-se também no número de colaboradores, que passou de 150 para 235. E aqui está um ponto nevrálgico para a CDI e toda a cadeia produtiva da comunicação corporativa no País, como mostram vários dos depoimentos aqui registrados, a oferta de mão de obra qualificada, de talentos. Para Salvador, a contratação de profissionais especializados será um dos grandes desafios para os próximos anos. “Temos um mercado em crescimento, com grandes oportunidades, mas pouca mão de obra qualificada”, afirma. Ele conta que, pensando nessa necessidade, o grupo implantou recentemente a Academia CDI, projeto de formação e qualificação profissional desenvolvido pelas lideranças da agência com o objetivo de formar talentos dentro e fora da empresa, e que a ideia é expandi-lo para recém-formados em Comunicação Social e outros estudantes que tenham conhecimento e interesse em BI e Dados. A empresa avançou também no tema Diversidade e Inclusão, criando um comitê para debater e, a partir das discussões, expandir o trabalho e elevar o nível de conscientização geral. Entre os pontos positivos assinalados por Salvador, sobre o mercado em 2021, está a relevância que a comunicação passou a ter para as empresas e a sociedade ao longo da pandemia. Isso refletiu, segundo ele, no crescimento da agência em serviços como comunicação interna, ESG, relações com a mídia e investidores e conteúdo digital, entre outros. “As empresas entenderam como esse pilar pode contribuir diretamente para a imagem da companhia interna e externamente”, comenta. No que diz respeito aos serviços, a CDI, segundo seu presidente, teve um crescimento expressivo em digital, principalmente LinkedIn, abrangendo tanto empresas quanto executivos: “Trata-se de uma área em que temos feito muitos investimentos nos últimos anos e que aceleramos durante a pandemia”. Outro ponto que ele destaca é a apresentação de relatórios online, com dashboards e acesso em tempo real: “Eles permitem que o cliente consiga valorizar internamente os resultados de forma consistente”. Já a cereja do bolo parece ser mesmo a agenda ESG: “Ela é a grande tendência e se consolidou ainda mais nas empresas, passando a representar grande potencial de negócios para as agências com experiência no assunto e com capacidade de O grande desafio para os próximos anos é a contratação de profissionais especializados Grupo CDI Outro motivo de alegria para a agência foi a conquista de clientes de porte ao longo do último ano, entre eles Samsung, Tokio Marine e Fazenda Roncador. A agência também ampliou o escopo de atendimento em vários dos clientes que já estavam na casa. “Entregamos um bom resultado para os controladores em 2021 e esperamos novo sprint de crescimento neste ano”, diz Fabio. Complicado mesmo, como dizem ele e vários outros líderes do segmento, é atrair e reter talentos: “Num mercado com escassez de mão de obra e pressão dos clientes por menores preços, é muito difícil oferecer melhores salários”. Na conclusão da entrevista, Fabio citou ainda um outro desafio que está no radar da CDN: ampliar a diversidade étnica do time.
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