Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 297 Grupo In Press – Kiki Moretti A gente ama contar histórias que movem o mundo Fundação: 1988 (34 anos) Quantidade de funcionários: 663 | Proporção de Mulheres: 69% “Gravidez não é doença”. Foi com esse conselho materno que Kiki abriu a InPress, aos 25 anos. Jovem, mas vinculada à época de abundância das sucursais do Rio, ela teve experiência relevante em revistas e liderança de equipe. Recém-casada quando se tornou empresária, conta que foi criada para não depender de homem. Para somar à educação recebida pela mãe, seu marido e sócio era um entusiasta de mulheres fortes. Foi um grande incentivador do protagonismo feminino na empresa. “Eu tinha todo apoio e estímulo para assumir a liderança”. Além do carisma, competência e relacionamento. Sua história é feita de convites e portas abertas para ela assumir o lugar das líderes admiradas por outras mulheres do setor. Se as mulheres dos anos 1990 ganharam o significado da chuva de vontades do poeta, a qual pode brotar em qualquer ser humano, independentemente de sexo, raça, princípio, gênero e idade, aquelas que vieram antes e podem ser consideradas de fato pioneiras, dentro desta reportagem, recebem uma poesia mais rara. Inspiração... “é uma nuvem dourada carregada de boas ideias”. As histórias de Kiki, Patrícia, Carina e Claudia juntam-se não pelo ano da fundação nem pelo fato de o Grupo In Press e da JefreyGroup terem participações internacionais ou pela idade e história comum das lideranças. Esses fatos não unem as quatro. Os motivos foram pelas portas abertas das circunstâncias da vida e os encontros da nuvem dourada. Chamo de encontros tanto os internos, que fizeram essas mulheres se conhecerem e tornarem-se admiradas pela sabedoria e trajetória, como os externos, que transformaram suas carreiras ao ponto de se tornarem empresárias, como é o caso de Carina, da Textual. Outro ponto comum desses encontros dourados é o aprendizado com homens na liderança ou no convívio universitário, que representaram apoio e estímulo, numa época em que a cultura patriarcal escondia-se numa nuvem negra de costumes para a maioria. Como diz Cristiana Xavier de Brito, no seu livro Mulher Alfa, se você se inspira em alguém que faz melhor do que você, você chega lá mais rápido, por aprender com os erros e os acertos dos outros. Independentemente da diferença que as vozes dessas líderes podem representar para as diferentes ondas do feminismo, elas são, sem dúvida, mulheres que podem contribuir para acelerar a chegada de outras na liderança do setor. Portas Abertas e o Tempo

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