Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 291 rendeu o pioneirismo do Top Voices no LinkedIn, tem programa semanal de entrevistas com líderes para tratar da equidade e ainda presta consultoria sobre o tema. “Nunca acreditei que existem empresas dos sonhos, mas sim líderes dos sonhos. A marca empregadora nem sempre condiz com a realidade que as pessoas vivem no ambiente de trabalho. Quanto menor a diferença entre aquilo que digo que sou e o que realmente sou, melhor o engajamento e o orgulho de pertencimento. Quanto maior a diferença, pior é a experiência das pessoas com as empresas. E o exemplo das lideranças é fundamental na construção de culturas empresariais inclusivas, diversas, inovadoras e sustentáveis”, fala Neivia. Ela entende que os sistemas das empresas, na maioria das vezes, não possibilitam essa revolução, mas os das agências sim: “A coragem e o ativismo que a comunicação propicia virão de fora das empresas. As agências estão mudando, deixando de apenas tirar pedidos e assumindo sua capacidade de influenciar e impactar o negócio dos clientes, por causa da coragem, conhecimento e experiência de suas mulheres líderes”. Mais um motivo para se inspirar nas histórias das mulheres das próximas páginas e formar sua imagem no espelho, que mistura contos e épocas. Topo da pirâmide Elisa Prado, diretora de Comunicação Corporativa da Vivo, conta que hoje a agência de comunicação ganhou um papel muito importante: “Há muitas crises de imagem ética nas marcas e só uma agência competente pode cuidar desse processo de credibilidade, transparência e governança”. A canção que fez sucesso no réveillon de 2021, citando Simone Beauvoir na voz de Rita Lee, no que tange ao passado deixa claro que não existe espaço para assédio moral, escolhas que privilegiam a beleza das mulheres em detrimento de competências. Também lembra que as agências são parte do ecossistema e precisam estar prontas para a realidade da transparência e da reputação. Refrão do Reveillon de 2021 Ao meu passado eu devo meu saber e minha ignorância, as minhas necessidades, as minhas relações, a minha cultura e o meu corpo. Que espaço o meu passado deixa para minha liberdade hoje? Não sou escrava dele. “Quem não tiver essas competências não terá lugar de fala. As mulheres têm essa sensibilidade para as relações humanas, de cuidar das pessoas, engajar o social, construir elos. Vejo o cuidado como algo feminino e as relações públicas fazem esse papel de guardiãs da reputação das marcas”, acentua. Cristiana Xavier de Brito, diretora da Basf, reforça a visão quando lembra que a liderança precisa saber onde aplicar sua força de transformação: “Não estaria onde estou senão tivesse tido colaboração. Não sou sozinha, tem muita gente que abriu a porta para mim. Tem que escolher o ambiente propício. Empresas são sim murro em ponta de faca, se não houver probabilidade de crescer e não estiverem abertas à diversidade”, ensina Cristiana. Ela integra um grupo pequeno de mulheres que representa 13,6% do quadro executivo das 500 maiores empresas do Brasil, informa no seu Elisa Prado

RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=