Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 288 ARTIGO baseado numa visão antroposófica. Na Teoria da Mudança, adotada pelo ICE, além da visão comum, que acontece na escuta dos atores, existem mais quatro pontos: métricas, soma, fortalecimento e recursos. Ficar atento aos pontos que representam forças – tanto positivas como barreiras – para formar o seu espelho e, se tiver disposição para contribuir e participar da mudança necessária para a evolução do setor, se perguntar: Como podemos fortalecer todas as páginas que virão para traçar alguns elementos que caracterizem a complexidade do Ser agências e equipes feitas por mais mulheres do que homens? Para ouvir as agências que virão nas próximas páginas, a dica vem de Regina: “O ramo de atividade da organização caracteriza uma das forças da identidade do negócio; a outra é o tempo, que traz a força cultural da época; e a terceira é a personalidade do líder ou da liderança que empreende aquela marca no mundo”. A consultora olha para essas três influências para desenvolver uma estratégia de mudança dentro da organização e “quando a organização muda, todo sistema muda, inclusive o setor”. Quando o setor muda, a sociedade muda, certo? Eis, então, o desafio de caracterizar a comunicação corporativa, pois ela define a atividade que liga as quase 900 agências formais e as outras 600 informais, as quais vivem a realidade da desigualdade econômica reforçada pela internacionalização do setor. Logo, a forma numérica que a comunicação corporativa representa é tão pirâmidal como as outras, mas a complexidade das cores, que entregamos na qualidade dos serviços, é de fato mais feminina que masculina ou são serviços com qualidade queer? Transformação da liderança O que muda nas relações sociais quando o negócio é liderado por donas de agências? As perguntas não param. Elas evoluem no ritmo de uma espiral tão incessante que até espelhos mágicos de conto de fadas poderiam quebrar em inúmeros fractais. Dois movimentos se entrelaçam no enigma dessa pirâmide e colocam em risco a percepção comum entre as mulheres entrevistadas para esta reportagem. O Movimento das Mulheres, que ganhou a linguagem da comunidade LGBTQIA+ com os conceitos de Identidade de gênero, orientação sexual e intersexualidade; e a evolução do negócio, que abrange diferentes histórias de lideranças que se direcionam para um discurso que soa comum: intensa tecnologia, consciência do social e relações públicas. Regina Erismann Célia Cruz O PREDOMÍNIO DAS MULHERES
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