Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 28 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA “Diante desse cenário de polarização e radicalização que estamos vivendo”, analisa Kiki, “acreditamos cada vez mais no papel da comunicação na construção de pontes e no estímulo ao diálogo para a criação de caminhos e soluções que ajudem a atender aos anseios da sociedade, conectando as marcas às pessoas de forma genuína. O PR tem hoje um papel relevante nas estratégias das organizações. Cabe a nós enquanto comunicadores ler e entender os cenários (e eles mudam a todo momento) e aconselhar e orientar os clientes no mais alto nível. Fazemos parte do Omnicom Group, uma das maiores holdings globais de comunicação, e temos acesso a conteúdos globais frescos, com diversas fontes de informação e diferentes análises, para nos ajudar a tomar as melhores decisões para o Grupo In Press e para os clientes”. Ao olhar para o mercado, Kiki considera ser este um momento de consolidações, tanto do ponto de vista da importância estratégica das relações públicas para o negócio das corporações quanto dos players do mercado. Sobre as tendências presentes na atividade de PR, revela: “Em 2021, vimos alguns movimentos relevantes de fusões e aquisições, criando players mais fortes e com capacidade para entregar soluções mais completas. Outro movimento importante é o das RPTechs − inovação é um vetor importantíssimo para o crescimento do nosso mercado, e estamos atentos e investindo nisso. A velocidade da transformação é brutal, e o que parece ser futuro vira passado em um piscar de olhos. Do ponto de vista dos talentos, acreditamos que as agências têm um papel fundamental na formação de novos perfis de profissionais, que acompanhem a evolução dos nossos serviços. Nesse sentido, precisamos ter cuidado para que movimentos de precarização do trabalho, que vemos em outros setores, não progridam no nosso”. Conhecido por décadas como Burson-Marsteller, quarta agência mais antiga do mundo, nascida em 1953 nos Estados Unidos, e também uma das mais antigas do Brasil, em que fincou âncora em 1976, o BCW Brasil vem, de forma dinâmica, consolidando a estrutura de grupo, com a incorporação da Máquina da Notícia, que foi rebatizada de Máquina Cohn & Wolfe ou apenas Máquina CW. Essa consolidação dá a ele a terceira posição no Ranking das Agências, com um faturamento estimado em pouco mais de R$ 120 milhões, receita turbinada por um crescimento de 11% em 2021. São, no total, quase 300 profissionais atuando em Máquina CW e BCW Brasil, para clientes dos mais variados setores da economia. Essa multiplicidade, aliás, dá ao Grupo BCW uma posição privilegiada no acompanhamento do sobe e desce do mercado, quais áreas estão indo bem ou nem tanto. E esse olhar, particularmente num período grande de crise, como a enfrentada com a pandemia, é estratégico para o direcionamento dos esforços e dos investimentos, como explicam Rosa Vanzella e Simone Iwasso, as executivas que exercem, de forma colegiada, a Presidência da organização: “Notamos que em alguns setores a pandemia foi mais impactante do que em outros. Tivemos mais oportunidades e crescimento principalmente no varejo (e-commerce), construção civil, saúde e logística. A maior parte das demandas tem sido por projetos de comunicação integrada, com um olhar muito focado no digital. Mas há também uma grande valorização da comunicação interna, por causa do trabalho remoto, que exige das empresas uma comunicação múltipla, por meio de diversas frentes. Importante também destacar, na questão do trabalho remoto, os ganhos obtidos com a possibilidade Mover as pessoas para impulsionar os negócios do cliente Grupo BCW

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