Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 277 Como medir a eficácia de uma campanha de comunicação corporativa? Quais fatores são fundamentais para uma ação ser considerada bem-sucedida? O que torna uma estratégia de relações públicas um case capaz de ser lembrado por anos como referência de mercado, independentemente de seu tamanho, investimento ou complexidade? Em um segmento tão competitivo, em que agências e departamentos de comunicação evoluem protocolos e buscam excelência em suas atividades, mesmo as ferramentas de mensuração mais modernas podem não ser suficientes para dar a devida visibilidade que um projeto bem construído merece. Ainda que não seja unanimidade, esse papel de reconhecimento das melhores práticas de comunicação tem sido cada vez mais preenchido por premiações especializadas do setor, que vêm se popularizando e caindo no gosto do mercado. Com a missão de serem uma espécie de vitrine, capazes de reconhecer profissionais, agências, empresas e melhores práticas, essas iniciativas atuam como um termômetro para avaliar o potencial criativo dos profissionais hoje dedicados às atividades de RP e áreas afins. E não é nenhum exagero afirmar que elas conquistaram relevância inédita nesse mercado. Para se ter uma ideia, os dois principais prêmios brasileiros dedicados a reconhecer cases de comunicação registraram recordes no ano passado. O Prêmio Aberje, um dos mais tradicionais e longevos da comunicação brasileira, que visa a reconhecer o trabalho das áreas de comunicação das empresas, recebeu 327 projetos de 176 empresas em 2021, seu melhor desempenho desde 2012. Bem mais recente, lançado em 2017, mas também em franco crescimento, o Jatobá PR, que, além das organizações privadas e públicas, é palco para o trabalho das agências, contou com 225 inscritos de 98 organizações em sua quinta edição, em 2021, a maior de sua história. Mas o que torna essas e outras premiações tão atraentes? Os motivos podem variar, principalmente quando analisamos as estratégias de empresas (clientes) e agências (prestadoras de serviço). Um bom desempenho em premiações pode garantir maior liberdade de criação e verbas extras para investimentos em estratégias e ações para os departamentos de comunicação das empresas, ao mesmo tempo em que para as agências pode significar vantagens competitivas para manter um cliente ou vencer futuras concorrências. Outras vantagens comuns a ambos os espectros também são importantes, como a melhora na reputação de suas marcas, o reconhecimento de trabalhos bem desenvolvidos, a fidelização de parcerias, a evolução de melhores práticas e a retenção de equipes mais qualificadas. “A percepção que a gente tem a partir dos relatos de nossas associadas é que, à medida que os prêmios vão sendo conquistados, os ganhos empresariais também aumentam consideravelmente”, explica Carlos Carvalho, presidente-executivo da Abracom (Associação Brasileira das Agências Carlos Carvalho
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