Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 253 de tecnologia – e atender à lei. Foi um investimento importante, que acaba sendo atualizado a todo momento. A plataforma originalmente chamada Press Voice colocou-os à frente, por oferecer 100% de transparência quanto às informações dos jornalistas, que podem acessá-la e ter domínio sobre seus próprios dados. As boas práticas da empresa refletiram-se no mercado, e Sobral acredita que chegou mesmo a direcionar o entorno, que mudou bastante desde a vigência da LGPD. No recente movimento de fusões de empresas, a lei foi certamente uma das razões. Em redações cada vez mais enxutas, a pandemia dificultou ainda mais o contato dos assessores com as redações. São mudanças que forçam as empresas a acompanhá-las. “A partir do momento em que tivemos mais opções, observo como isso mexeu com o mercado”. Lucas Lima, da Midiaria.com, adotou um escritório jurídico para apoio nessa frente, o que o ajudou a construir o projeto de adequações à lei, mas não comenta os investimentos que foram necessários para tanto. A Ink Comunicação, de Raul Fagundes Neto, vem fazendo um trabalho de ajustes para uma política de proteção de dados: “Sempre que assinamos um contrato, estabelecemos isso”. Para acompanhar tal processo, fez investimento em tecnologia. Lucas Nazário amplia o público alvo da LGPD: “A Knewin preza pela transparência e pela segurança das informações de nossos clientes, colaboradores, parceiros e fornecedores. Por isso, em 2021, contamos com o auxílio de uma consultoria externa para mapear todos os processos que envolvessem dados dentro da empresa, com o objetivo de deixar a nossa marca em conformidade com a LGPD”. A empresa elaborou também um Código de Conduta e de boas práticas para o uso de informações, e disponibilizou publicamente a Política de Privacidade da empresa no site. Escolheu ainda um comitê interno multidisciplinar para zelar para que a empresa esteja sempre em conformidade com esse tema e definiu um DPO (Data Protection Officer), responsável por cuidar do fluxo de organização e proteção de todos os dados que circulam dentro da Knewin. O futuro Todos concordam que as grandes e recentes alterações no cenário da comunicação, tanto na oferta de ferramentas como na abordagem dos públicos-alvo, vão continuar provocando mudanças essenciais no modo de se trabalhar. Às vezes, previsões de clientes e fornecedores coincidem, mas nem sempre. Lara, do I’Max, vê duas tendências: “Percebo que o serviço de mailing dá lugar ao banco de dados. O mailing não mais é vendido como ferramenta, mas dentro da estrutura de um banco de dados, e é importante a governança desse banco de dados”. Por exemplo, hoje há diversos tipos de mailing, o que inclui o público interno e, se uma empresa tem mais de cem mil funcionários, o veículo ideal é o WhatsApp. E outra vertente: “O que o cliente mais pede são os influenciadores, o que considero mais imediato. Porém, a lógica do influenciador é muito diferente da lógica do jornalista”. Diante dessa constatação, será preciso preparar o influenciador para trabalhar cada público. Nazário, da Knewin, acredita que o setor de PR Tech deve ficar na fronteira do desenvolvimento de analytics para comunicação com predição e performance: “Também veremos uma grande mudança na composição do ranking das agências nos próximos anos. Provavelmente, em cinco anos, as que estarão no topo serão aquelas que invesRaul Fagundes Neto

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