Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 234 ARTIGO comunicação no Brasil ainda refletirem o status quo vigente desde a época da escravatura. É preciso sair da teoria e partir para a prática, aumentar o diálogo com profissionais de Recursos Humanos. Na avaliação de Marcelle, não basta só falar de equidade racial, o mercado de trabalho precisa representar a realidade do País. “O grande desafio é fazer com que as pessoas compreendam essa situação”, explicou. A Rede Jornalistas Pretos busca contribuir no empoderamento dos jornalistas e profissionais negros por meio de iniciativas focadas na formação profissional e apresentação ao mercado profissional; ampliar o mercado de trabalho nos vários espectros da comunicação e do jornalismo; estimular um intercâmbio internacional com instituições similares de países como Estados Unidos, França e Caribe; promover intenso network profissional; e ser uma voz ativa e atuante na defesa da luta antirracista, em prol da diversidade e da pluralidade. “Esses são aspectos fundamentais na luta por uma sociedade antirracista”, diz, acrescentando: “Infelizmente o racismo estrutural é muito forte no Brasil. Os telejornais, por exemplo, são reflexo disso. Quem não conhece o nosso País, imagina, por eles, que os negros são minoria, quando é o contrário”. (*) Luís Alberto Alves (Caju) trabalhou em jornais (Diário Popular, DCI e Folha da Tarde, entre eles) e revistas (Noivas, TruckMotors e Revenda Construção), em funções como repórter, editor, secretário de redação e editor chefe; e também em assessoria de imprensa (Sindiquímicos Guarulhos e CNTQ). Atualmente escreve em dez blogs, entre eles hourpress, sallcompimenta e cajuísticas. É autor de O flagelo do desemprego à venda no amazon.com.br Marcelle Chagas DIVERSIDADE E A QUESTÃO RACIAL
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