Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 225 nível operacional quanto em funções de liderança, inclusive no Conselho de Administração. De acordo com a diretora de Planejamento, Pessoas e Organização da OEC, Ludmila Lavigne, o objetivo é jogar luz numa discussão cada vez mais presente na sociedade, mas nem sempre aderente no mundo corporativo. Nas palavras dela, é preciso “conscientizar as pessoas de que fazemos parte de um mundo em constante evolução e que certos conceitos do passado já não fazem mais sentido e devem ser combatidos em nome da boa convivência e do respeito ao próximo, da garantia dos direitos humanos prevista na Constituição e, em última análise, do próprio crescimento da empresa”. Para garantir que a evolução ocorrerá, foi iniciado um trabalho de sensibilização de lideranças com o apoio da consultoria internacional McKinsey. Para o presidente da OEC, Marco Siqueira, mais do que a busca pela conscientização e engajamento, essa é uma prioridade para uma empresa que pretende ir além: “Esse movimento está relacionado a uma estratégia de negócio, pois acreditamos que atuando com equipes diversas teremos um ambiente mais inovador, motivador, produtivo e agradável. Com isso, pretendemos que a OEC incorpore uma representação ainda mais ampla das comunidades em que atua, para as quais busca ser fonte de geração de valor e desenvolvimento”. Aposta na diversidade étnico-racial A proposta da Iguá é garantir, sempre, a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades de resultados, por meio da promoção de legislação, políticas e ações adequadas. A meta da companhia, até 2030, é continuar investindo no empoderamento e adotando políticas que fortaleçam a inclusão social, fiscal, salarial e a proteção social para que possa alcançar, progressivamente e em todos os níveis, maior igualdade, tanto de gerações, etnias, origens e religiões. Na empresa, o percentual de funcionários negros é de 41%, algo salutar, visto que o último censo demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a população negra no País é de 55,8%. A empresa está se movimentando para aumentar esse percentual, adotando critérios de preferência nas nossas políticas de seleção e contratação. E se há um dado externo que possa corroborar o acerto dessa prática, esse é a eleição, por quatro anos seguidos, da companhia como uma das melhores empresas para se trabalhar de acordo com análise da consultoria GPTW (Great Place to Work). Letramento racial Empresa centenária e um dos orgulhos da indústria brasileira, a Gerdau também vem empenhando recursos e energias nessa direção. A empresa sabe que o tempo é curto e que por isso precisa agilizar os processos, daí a decisão de estabelecer metas já na porta de entrada de estagiários e trainees na organização. “Em 2020, 37% das pessoas aprovadas nos processos eram pretas e pardas. Ao todo, até aqui, incluímos 501 pessoas apenas nesses programas. Foram 289, em 2020, e 212, em 2021”, enumerou Ludmila Lavigne
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