Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 183 Ente os fatores positivos que mais impactaram o desempenho das agências em 2021 mantêm o já histórico destaque, com 72,6% de citações, a “qualidade no atendimento”. As indicações que ocorrem em segundo e terceiro lugares − “novo clientes” (66,1%) e “carteira de clientes mantida/ mercado consolidado” (57,4%) − apontam para um ambiente de negócios mais acelerado e para uma retomada no ritmo da economia no setor. Outros fatores positivos citados e que se relacionam com o esforço extraordinário de desenvolvimento dos negócios durante a pandemia foram: “aprimoramento e inovação do mix de produtos e serviços”, com 50,0%; “desenvolvimento de profissionais e equipes multidisciplinares”, com 49,6%; e “foco na gestão do negócio”, com 43,5%. Entre os principais fatores negativos, as “incertezas no cenário econômico/desaquecimento da atividade” foi o aspecto mais citado, com 57,0%. O principal item negativo citado foi o “cancelamento, suspensão ou redução de valores de contratos”, que caiu de 72,2% de citações em 2021 para 34,8% neste ano. Essa é uma indicação de que os efeitos mais pronunciados da pandemia nos negócios das agências estão perdendo força. Ainda assim, 50,0% citam “fees menores/redução do orçamento dos clientes” e 38,7%, “desaquecimento econômicos provocado pela pandemia da Covid-19”. Os impactos da pandemia diminuíram, mas não acabaram. O índice de agências que implementaram inovações em seus negócios permanece no mesmo patamar: 61,2% delas afirmaram terem concretizado inovações em 2021, contra 65,1% no ano anterior. Lideram as inovações os investimentos nos novos formatos de comunicação: “mídias digitais, marketing digital, produtos na área digital”, com 32,4%, e “produtos para mídias sociais, redes sociais, monitoramento de influenciadores”, com 21,1%. Também mantém o patamar o percentual de agências que efetuaram investimentos em seus negócios em 2021: foram 75,9% nessa onda da pesquisa, contra 71,2% no ano anterior. Resultado consistente com os tipos de inovações realizados e com a necessidade de implementar o modo de trabalho remoto, o principal item de investimento continua a ser na área de TI/Software/ Tecnologia; porém, neste ano atingindo o maior índice da série: 61,4% das agências operaram inovações nessa área. Os negócios públicos continuam a ser opção para aproximadamente 1/5 das agências, exatos 22,0% nessa medição, proporção que vem se mantendo desde 2016. Ainda que 27,2% afirmem que têm a intenção de participar desses certames no futuro próximo, esse contingente, que também se mantém em grandeza quase inalterada desde 2016, efetivamente não realiza essa promessa. Os principais motivos das agências para recusarem terminantemente esse tipo de negócio, ou ainda, para não os terem realizado até agora, também permanecem os mesmos: com 42,5%, “política comercial da empresa exclui licitações públicas/foco é apenas no setor privado”; com 18,8%, “não temos estrutura para atender aos projetos licitados”; e para 12,2% há “exigências excessivas, muita burocracia nos processos licitatórios”. A desconfiança na lisura desses processos também é indicada por 7,2%, que apontam que “falta transparência nos processos / editais são direcionados” e 3,9% indicam “falta de credibilidade desse tipo de negócio”. 1.2 Desempenho do setor em 2021 1.2.1- Avaliação geral
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