Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 122 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA Nos últimos dois anos – 2020 e 2021 –, o primeiro trimestre não foi parâmetro para o desempenho real das agências de comunicação. E o mesmo, pelo visto, se sucederá em 2022. No caso da Press à Porter Gestão de Imagem, agência fundada em 2001, em São Paulo, pela carioca Claudia Reis, e que hoje tem no board Gustavo Diamantino e Luiz Fernando Gomes, esse é o espírito, tanto que, em 2021, a expansão do faturamento da agência foi de 18%. É Claudia Reis quem conta: “O primeiro trimestre do ano está um pouco abaixo das nossas expectativas, muito em função daquela curva ascendente da pandemia no começo do ano. No entanto, estamos otimistas, pois observamos que há investimentos em comunicação e marketing represados, ao mesmo tempo em que notamos uma retomada de atividades que não aconteceram nos últimos dois anos, casos, por exemplo, das feiras de negócios e outras ativações presenciais, nas quais as agências de comunicação corporativa costumam estar envolvidas”. Só que o otimismo dela não se apoia apenas nos cenários externos e no mercado, mas sim e sobretudo na própria trajetória que a agência percorreu ao longo dessas mais de duas décadas, com uma considerável diversificação no portfólio: “Enxergamos a transformação do setor há muito tempo e nos capacitamos para ser efetivamente uma agência communication full service. Os negócios cresceram exponencialmente em áreas como digital e produção audiovisual, sendo que, atualmente, parcela significativa dos projetos é de comunicação integrada, o que nos torna uma extensão direta das empresas. Se é incontestável que trabalhos relacionados às áreas de digital ou produção audiovisual representam, para a Press à Porter, a maior fatia deste incremento de serviços, não é menos verdade que, para a agência, o ponto de virada nos negócios está efetivamente na integração dos projetos, dentro de uma estratégia macro de comunicação corporativa das empresas. Ou seja, na utilização de canais, linguagem e mensagem adequadas para todos os stakeholders. Um fator importante, que Claudia Reis destaca, tem a ver com os desdobramentos que a crise sanitária provocou no mundo da comunicação corporativa: “A pandemia, como todos sabemos, evidenciou ainda mais a importância da comunicação para as empresas. Mas uma comunicação diferente, em que, além do foco comercial, é mandatório que as empresas tenham um propósito, mostrem-se úteis à sociedade e engajadas em causas ESG. Isso, no entanto, exige que as agências se adaptem definitivamente a essa nova realidade, criando projetos e ações que ajudem o cliente a se posicionar neste novo cenário”. Ativações presenciais começam a ser retomadas e são um alento Press à Porter Gestão de Imagem Claudia Reis
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