Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2021
Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2021 49 Fonte: Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação 2021 / Instituto CORDA Base: 229 agências entrevistadas - Estimativa para um mercado com 1.500 agências Evolução do faturamento bruto global do setor de Comunicação Corporativa no Brasil - R$ bilhões 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 1,50 1,70 2,02 2,00 2,33 2,37 2,53 2,50 2,87 3,02 3,00 1,20 3,50 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 Faturamento bruto (R$) índice de queda dobrou, subindo de 14,0% para 28,0%. E entre as menores do mercado, esse índi- ce atingiu 34,6% das empresas. Outros indicadores também ajudam a dar con- tornos mais graves e definidos para a conjuntura específica do mercado de comunicação corpo- rativa e para a economia brasileira neste último ano, 2020, e para as perspectivas para 2021. O PIB mundial de 2020 deve acusar um recuo em cifras em torno de 3,0% a 4,0%, números ainda em consolidação por órgãos como o FMI e o Ban- co Mundial, e que, a se confirmar, representará o maior tombo desde a grande depressão mundial de 1930. A queda do PIB brasileiro, a maior des- de o início da série histórica do IBGE, iniciada em 1996, repercutiu na taxa recorde de desemprego registrada no Brasil em 2020 (PNAD/IBGE), 13,5%, também a maior desde o início da série histórica, iniciada em 2012. No mercado primo da comuni- cação corporativa, o publicitário, os números tam- bém apontam para dificuldades sofridas em 2020. O Conselho Executivo de Normas Padrão (Cenp), entidade técnica privada e de autorregulação do mercado publicitário, mediu por levantamento do Cenp-Meios uma queda expressiva, de 19%, no valor total de compra de mídias realizadas e veicu- ladas em 2020, com dados de 217 agências certi- ficadas pelo Conselho. Na Pesquisa Mega Brasil deste ano, os indi- cadores de desempenho também corroboram as dificuldades impressas nesse cenário geral. Dessa forma, a média de faturamento por cliente registrou uma queda de quase 20% para o total de agências, o que indica que o valor médio de contrato entre agência e cliente caiu. Ainda assim, a média de faturamento por colaborador cresceu, o que pode representar melhor gestão e aumento de produtivi- dade, em cenários de estabilidade econômica, mas deve indicar, na atual conjuntura, demissões nas agências para fazer frente às dificuldades de perda de clientes e de receita, situação identificada nessa pesquisa na indicação dos impactos da pandemia nos negócios em 2020 e também pela retração do número de agências que investiram em sua estru- tura e desenvolvimento, que recuou de 87,9% em 2019, para 71,2% em 2020, índice ainda alto mas que interrompe um ciclo de crescimento verificado desde 2016.
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