Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2020
9 Claudia Rondon é presidente do Conselho Diretivo da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom) e sócia- fundadora da RPMA Comunicação Mas não desejam que essas aparições sejam centradas em oferta de produtos ou serviços. Preferem que as organizações engajem-se no esforço coletivo de disseminar mensagens positivas, conteúdos relevantes e informações de utilidade pública. E que, em último caso, mostrem como podem fazer chegar ao consumidor final seus produtos e serviços com segurança e agilidade, mantendo o isolamento social necessário para deter a propagação do vírus. É nesse momento que as agências de PR ganham ainda mais relevância e, como mostra a campanha iniciada pela Abracom nos primeiros momentos da crise, são essenciais para planejar as estratégias, produzir os conteúdos e usar os melhores canais de difusão das mensagens de seus clientes. E são muitos os exemplos bem sucedidos, que não nos cabe enumerar aqui. Mas cada um dos leitores e leitoras de mais esta edição do Anuário da Comunicação Corporativa – uma edição histórica, pelo contexto em que vivemos – saberá recordar. Marcas que se engajaram na frente de combate ao vírus, promovendo ações informativas, doando materiais, mantendo empregos, gerando conforto e solidariedade para milhões de pessoas que do dia para a noite passaram a viver em isolamento. Marcas que se transformaram em verdadeiros veículos de comunicação, mostrando que na crise e na paralisação quase total de muitas atividades sobressaiu-se nas organizações sua vocação para a comunicação, até então vista como apenas um meio, agora elevada a essencial e estratégica. Atributos em que nós, profissionais da comunicação corporativa, sempre acreditamos. Temos um longo caminho para a normalização da vida em sociedade. A retomada econômica será lenta e dolorosa, mas com muitas lições que devemos aprender e levar para toda a vida. O trabalho remoto será mais valorizado. As conexões serão mais fortes. A comunicação tem de ser essencial em toda a atividade organizacional, pois a crise está revelando a força do papel do diálogo, do escutar o outro e de entender as demandas das pessoas para uma vida com mais qualidade e interação. Nessa retomada, sairemos mais fortes se aprendermos com os erros do passado e com os acertos que tivemos diante das situações de crise. E de crise, nosso setor entende e pode contribuir para ajudar as organizações nessa volta por cima. Abraços e boa leitura!
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