Revista Locação 99

15 e atendimento das demandas das locadoras? PMJ: Além desta revista, do portal ABLA e do Anuário, nossa comunicação seguiu por meio do 0800 para que as locadoras possam ligar para a ABLA sem custos; e com a programação pe- riódica de e-mail marketing com atualizações sobre os benefícios que os associados têm direito. Passamos a usar também as mensagens de texto, o WhatsApp, adotamos uma comunicação proativa nas redes sociais e ainda criamos as Conversas com o Presidente, nas quais reunimos os associados todos os meses num encontro online, entre ou- tras ações para que o associado tenha a máxima facilidade em falar com a associação. Quais as projeções econômicas e políticas para o ano que vem e como elas podem causar impactos para a locação de veículos? PMJ: Não será um ano fácil, tanto em termos econômicos quanto políticos, e isso causa impactos na locação de veículos, seja na terceirização de frotas, seja no aluguel diário. O esforço do setor como um todo, e tam- bém de cada empresa locadora individualmente, tem de passar pela questão da capacitação, preços dos combustíveis perma- neçam nos patamares atuais, a tendência é de estabilidade nos atuais 170 mil veículos alugados que estão hoje com esses moto- ristas. Os 30 mil motoristas que não conseguiram se manter no mercado já devolveram os carros e é possível crer que os demais conseguiram ou vão conseguir equalizar seus rendimentos para continuar alugando. Há mercado para alugar entre 230 mil e até 250 mil veículos para motoristas de aplicativos, caso o preço da gasolina retorne aos patamares entre R$ 4 e R$ 5 em média no país, junto à adequação das tarifas dos aplicativos para pos- sibilitar aos motoristas ganhos condizentes com o seu trabalho. Como vai ficar a questão da falta de veículos novos? As locadoras podem esperar dias melhores em relação ao atendimento dos seus pedidos de compras? PMJ: Essa situação também é bastante complicada no curto e no médio prazo, ou seja, inclusive para 2022, por causa das atuais dificuldades das locadoras em aumentar a frota. As empresas de aluguel de carros teriam potencial para comprar 800 mil automó- veis e comerciais leves em 2021, porém comprarão somente entre 380 mil e 400 mil unidades, em função das dificuldades das montadoras e agora até com a es- cassez de magnésio, como já fa- lamos. As pressões inflacionárias e a tendência de alta dos juros também influenciam diretamente nos custos de operação das frotas das locadoras e teremos de estar preparados para lidar com fatores como esses no ano que vem. Sobre a comunicação dos associados com a ABLA, quais os meios tem sido usados para a troca de informações qualificação, por repensar formas de gestão, pela agilidade no atendimento, conveniência e novos diferenciais a serem agre- gados na locação de um veículo. Será preciso implantar novidades que possam colaborar para a eficácia e a eficiência do aluguel, o que entendemos que será cada vez mais essencial dentro do nosso setor. Para finalizar, o senhor poderia deixar uma mensagem de otimismo para os empresários que atuam no setor de locação? PMJ: Claro, até porque a nossa atividade também está vivendo um momento de transformações e isso é bom. A conectividade dos carros está em expansão; a chegada de veículos híbridos e elétricos ao mercado já está acontecendo; há novas formas de compartilhamento de veículos sendo postas em prática e existe uma diversidade de aplicativos relacionados ao transporte de pessoas. Enfim, são diversos fatores que surgem a cada dia e que certamente exigirão inova- ções na nossa maneira de tra- balhar com locação de veículos. Eu tenho convicção de que os empresários que estão no setor, principalmente aqueles que já são associados da ABLA, estarão aptos para dar conta do recado.

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