Revista Locação 96

40 Vejo uma placa para a entrada da Praia da Ja- para Grande. E claro, resolvo entrar. Para chegar ao mar é preciso atravessar uma lagoa que se for- ma atrás da areia, mas, como a maré está baixa, isso não é um problema. É meu primeiro banho de mar desde janeiro de 2020. Aqui me encanto com as cores das falésias que vez ou outra se inclinam para os rios e mangue- zais que chegam até o mar. De volta à estrada, logo avisto o portal de en- trada do meu destino. – Ufa! Cumuruxatiba! Cumuru, como é chamada pelos nativos, é uma praia de águas calmas, protegida pela extensa barrei- ra de corais à sua frente, as quais alcancei de caiaque depois de me instalar. Mas, cuidado, os corais são se- res vivos e frágeis para se pisar, além de venenosos e urticantes. Pela manhã e durante a maré baixa, é o melhor momento para se remar, pois os recifes estão expostos, formando piscinas naturais. Na praia há inúmeras opções de restaurantes. Mas como vim em busca de lugares mais desertos, fiz minha base em Cumuru e segui de carro para o norte, onde o acesso às praias se faz passando pelas veredas que cortam as extensas fazendas. A primeira parada é a pequena e belíssima praia do Moreira, uma enseada de areia fina e rodeada de coqueiros. Com a maré seca, me deparo com uma tartaruga marinha recém-nascida presa em uma poça. Cuidadosamente a pego e a coloco no mar com a esperança de que ela chegue à vida adulta. No dia seguinte, sigo além, até a praia do Im- bassuaba. Logo ao chegar, sou recepcionado por um sinuoso e refrescante rio, que serpenteia a areia antes de alcançar o mar. Caminhando pela praia, lado a lado com as falésias, é possível che- gar até a praia do Calambrião, que também tem acesso pela estrada. NO ALTO : PRAIA DO MOREIRA ACIMA: CAMINHO PARA A PRAIA DO CALAMBRIÃO

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