Revista Locação 95

gentes, como o Brasil. Além disso, a produção limitada de baterias elétricas aqui e na América Latina em geral pre- judicará os investimentos na produção de veículos elétricos na região. A falta de produção de baterias dificulta a constru- ção de veículos elétricos para exportação”, observam os ana- listas da Euromonitor. Os profissionais analisam ainda que a baixa demanda por veículos elétricos na Amé- rica Latina torna essa produ- ção para o mercado regional antieconômica. “O Brasil e ou- tros países latino-americanos apoiam suas indústrias de bio- combustíveis. Financeiramente, faz mais sentido para o con- sumidor comprar carros com motores de combustão interna devido aos custos mais baixos. No longo prazo, concentrados na eletrificação, elas terão menos recursos para investir e atualizar os carros produzidos no Brasil. Eventualmente, as tecnologias de motor de com- bustão interna podem ficar de- satualizadas e a indústria au- tomotiva brasileira pode ficar para trás”, alertam. ELETRIFICAÇÃO DE VEÍCULOS ACELERADA LÁ FORA Para atender aos requisitos de emissão mais rígidos, as empresas automotivas devem investir em eletrificação, pois as tecnologias de motores de combustão interna atingiram seu limite e não podem ser aprimoradas para o nível exigi- do especialmente pela Europa e América do Norte. Devido a esse impulso de sustentabilidade, os veí- culos elétricos devem conti- nuar ganhando participação de mercado. “Em 2021, as vendas de elétricos devem aumentar 46% nos princi- pais mercados de consumo do mundo, alimentadas pela crescente conscientização dos consumidores sobre as mudanças climáticas, a ex- pansão das opções de veí- culos elétricos acessíveis e o aumento das restrições ao uso de carros com motor de combustão interna. Prevê- -se que a China seja o maior mercado de crescimento de carros elétricos, registrando 77% de crescimento anual em 2021”, finalizam os pes- quisadores. n “O CENÁRIO PÓS-COVID ESTIMULA A DEMANDA POR MOBILIDADE PESSOAL” 19 JUSTINAS: PREVISÃO DE CRESCIMENTO LENTO, MAS POSITIVO, NOS PRÓXIMOS ANOS