Revista Locação 94

41 NOS ÚLTIMOS meses aumentaram as tentativas de apropriação indébita de veículos de locadoras em Santa Catarina. Conforme estimativas da ABLA, as tentativas atingiram, em média, entre 2% a 3% da frota total das empresas do setor no estado. Em números absolutos, isso representa de 20 a até 30 tentativas de apropriações indébitas por mês em Santa Catarina. Em boa parte dos casos, os criminosos bus- cam vender os veículos para terceiros, por valores muito abaixo dos preços de mercado; ou mesmo utilizá-los indevidamente para cometer outros delitos. O diretor da ABLA em Santa Catarina, Eduardo Andriotti Ignacio, ressalta a troca de in- formações entre as locadoras como instrumento importante para reduzir a incidência dos crimes. “Estamos engajados em levar conhecimento e alertar as mais de 300 locadoras que atuam no estado”, adianta ele. Para combater a apropriação indébita, a asso- ciação também tem aproximado as locadoras de empresas que fornecem soluções que auxiliam na prevenção, tais como fabricantes e revende- dores de sistemas de rastreamento, bloqueado- res e biometria. “São equipamentos e serviços que podem ser contratados junto a parceiros de negócios do nosso setor, a partir de descontos previamente já negociados pela associação”, acrescenta o diretor. Além disso, os preços mais altos e o tempo de entrega dos carros novos estão trazendo di- ficuldades para as locadoras diante da retomada da economia. “As montadoras reduziram a pro- dução e ainda sofrem com a restrição de deter- minadas matérias-primas”, pontua Ignacio. “O resultado é o aumento do prazo de entrega e os reajustes de preço nos veículos em praticamente todos os meses”. Quase 100% da demanda por locações de ve- ículos já foi retomada em Santa Catarina. “As bases para essa recuperação são os aluguéis de longa duração para pessoas físicas e para empre- sas privadas, na modalidade de terceirização de frotas”, diz o diretor. “Estamos com a procura em curva ascendente, com novos clientes que tive- ram de se desfazer dos carros próprios, fazendo crescer a adesão ao aluguel”. Ignacio acrescenta que o número de contratos de terceirização já está, inclusive, até maior em comparação com o período anterior à pandemia. “Mas, esperar entre 60 e 90 dias para receber os carros e ainda assim conseguir atender os novos clientes são grandes desafios para as locadoras de Santa Catarina”. Já o aluguel de carros para turistas, embora ainda não 100% normalizado, tem voltado aos poucos. “Nossa expectativa é que as viagens apresentem uma retomada mais efe- tiva a partir deste ano novo”, completa o diretor. LOCADORAS CATARINENSES TÊM AUMENTADO A VIGILÂNCIA E AS MEDIDAS PREVENTIVAS PARA INIBIR DESAPARECIMENTO DE CARROS

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