Revista Locação 118

apenas de design, mas nós sabemos que isso não é verdade. A tecnologia tem diferenciações importantes. Por exemplo, nosso veículo de entrada é um híbrido convencional, que não precisa ser carregado na tomada, muito bem calibrado, com motor a combustão 1.5 turbo. Mesmo em situação com baixa autonomia de bateria, ele performa muito bem. A experiência do cliente é muito importante para a marca. Locação: Como tem sido a relação da marca com as locadoras até aqui? Diego Fernandes: Nosso relacionamento com a locação está estabelecido de duas formas: vendas propriamente ditas para as locadoras e também o modelo de locação direta para o cliente final, que é intermediada pelas locadoras. Hoje temos parcerias nesse sentido com grandes players do mercado de locação. O modelo funciona da seguinte forma: disponibilizamos ao cliente final a assinatura para períodos mais longos. Ao optar por essa categoria, o cliente pode selecionar no site automaticamente o tempo de assinatura, de 12 a 36 meses, a quilometragem média que espera rodar e a locadora que irá atendê-lo. Em 2024, tivemos negociações importantes com locadoras com a intenção de incrementar nosso canal de vendas com esse segmento. Locação: A partir da nova fábrica, qual a expectativa de crescimento? Diego Fernandes: Nossa expectativa de crescimento é de 6% este ano, ou seja, atingir 31 mil veículos vendidos, em uma evolução que acompanhe a expectativa de crescimento da indústria automotiva como um todo. Locação: Quais são os pontos críticos para o avanço da hibridização no Brasil? Diego Fernandes: Existem desafios. É importante que não se banalize o termo híbrido. Veículos híbridos não são todos iguais em termos de potência e autonomia, entre outros fatores. A LINHA DE HÍBRIDOS HAVAL É CARRO-CHEFE DA GWM NO BRASIL HÁ DOIS ANOS comercializando veículos no Brasil, a marca chinesa GWM anunciou que passará a produzir localmente seus modelos, com uma fábrica que será inaugurada ainda neste primeiro semestre de 2025, na planta instalada em um terreno de 1,2 milhão de metros quadrados, em Iracemápolis, antes operada pela Mercedes- -Benz. Será a primeira fábrica do grupo chinês na América Latina. Conversamos com Diego Fernandes, diretor de operações da GWM Brasil, que falou sobre os planos da montadora e sua relação com o mercado de locação. Segundo ele, a GWM é a maior montadora privada da China. Em 2024, comercializou mais de 1,3 milhão de unidades, das quais 450 mil foram vendas para fora do mercado chinês. O Brasil já é o quinto maior mercado da marca. Locação: Como está sendo o desempenho da GWM no Brasil até aqui? Diego Fernandes: O resultado da marca tem sido positivo. Fechamos 2024 com vendas acima de 29 mil unidades, sendo 23 mil provenientes da família Haval, carro-chefe da marca no Brasil. Os veículos que ofertamos têm recebido o reconhecimento dos clientes em prêmios de satisfação. As vendas são expressivas, principalmente se considerarmos que nosso tíquete médio gira em torno de R$ 250 mil. Locação: Quais são esses veículos? Diego Fernandes: Por enquanto, temos dois modelos para o mercado brasileiro: o Ora, 100% elétrico, e a família Haval, em que todos os modelos são híbridos, convencional ou plug in. Locação: E a nova fábrica em Iracemápolis? Quando sairá do papel? Quais serão os benefícios para o mercado? Diego Fernandes: O plano é que tenhamos o início do processo produtivo em maio. Com o início da produção local – e vale destacar que será produção local mesmo, não apenas montagem de kits importados –, parte dos componentes já será nacionalizada. O objetivo é oferecer produtos cada vez mais competitivos, completos e adequados ao gosto do mercado local. Queremos superar as expectativas! Isso é importante ressaltar porque a primeira impressão do cliente é imaginar que todos os carros híbridos são iguais, com diferenças “HOJE TEMOS PARCERIAS NESSE SENTIDO COM GRANDES PLAYERS DO MERCADO DE LOCAÇÃO” “A INTENÇÃO É INCREMENTAR NOSSO CANAL DE VENDAS COM AS LOCADORAS” Entrevista 9

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