Revista Locação: Uma das características da cobertura de Fórmula 1 são as viagens constantes. Foi difícil se adaptar? Reginaldo Leme: Que nada! Conhecer diferentes culturas é uma paixão para mim. Lembro das primeiras viagens que fazíamos, sempre pela Varig, para Londres, Paris, Frankfurt. Na Alemanha, tive experiências incríveis. Pegar a estrada é sempre muito divertido. Revista Locação: Você usava a locação de veículos? Reginaldo Leme: Sempre. É comum que todos na Fórmula 1 utilizem esse serviço, até mesmo o piloto, quando a própria escuderia não lhe fornece um veículo exclusivo. Dirigi assim pela primeira vez uma Ferrari e uma Mercedes na Europa. Revista Locação: Como explicar essa paixão do brasileiro pela Fórmula 1? Reginaldo Leme: A tevê projetou a Fórmula 1 para o nosso público, e tenho orgulho de fazer parte dessa história até hoje. Revista Locação: Qual a época mais memorável para você em todos esses anos de cobertura? Reginaldo Leme: Certamente, não só para mim, mas para todo fã de Fórmula 1, foi a década de 80, quando tínhamos grandes pilotos. Senna, Prost, Mansell, Piquet. Tivemos, claro, nomes de peso depois disso, como Schumacher e Lewis Hamilton, o mais completo entre os pilotos atuais. Senna era o mais talentoso. Revista Locação: Como é a preparação de um jornalista para cobrir um grande prêmio? Reginaldo Leme: A preparação para uma corrida no final de semana começa na terça-feira. Gosto muito de estatísticas e sou do tempo em que se anotava tudo a mão. Hoje, não dá pra competir nesse sentido com o pessoal mais jovem, que lê tudo e sabe todos os números. Mas o jornalismo não se resume a isso e, com tantos anos de janela, a gente consegue trazer um pouco dessa experiência para a cobertura, que, por sinal, cresceu muito na Band, com o formato que a emissora escolheu, com mais bastidores, apresentando a Fórmula 1 de um jeito que nunca havia sido apresentado. É um mérito isso. E a tendência é termos um campeonato de 2025 ainda mais interessante, com brasileiro na pista, o Gabriel Bortoletto, trigésimo terceiro piloto do país a competir na categoria. Pronto. Tá aí um número importante! Revista Locação: Você fez muitas amizades, inclusive entre músicos famosos, já que a música também é uma de suas paixões. Fale sobre algumas dessas celebridades que você conheceu e de quem se tornou amigo. Reginaldo Leme: No meu livro Muito Além do Grid, conto algumas histórias, como a relação com o George Harrison, para mim o músico mais completo que já existiu. Harrison era muito amigo também do Emerson Fittipaldi, que, inclusive, estava ao lado do ex-beatle, convidado pelo próprio, quando o músico faleceu, em Los Angeles. Revista Locação: Quais lições o gestor de uma locadora pode tirar da Fórmula 1? Reginaldo Leme: Acho que há esse ensinamento de que a rivalidade é boa, em qualquer esporte. E também esse detalhismo e perfeccionismo da Fórmula 1, que só é possível graças ao trabalho em equipe. “O exemplo e a sintonia de Reginaldo Leme para com as locadoras é essa intensidade e o perfeccionismo da Fórmula 1. Foi muito bom tê-lo conosco aqui na EXPO, falando de temas tão importantes, como a concorrência, que é sempre intensa em nosso setor, como deve ser, mas sadia e positiva, transformadora” MARCO AURÉLIO NAZARÉ, presidente da ABLA. Entrevista 9
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