A ALTA NOS PREÇOS DAS PASSAGENS aéreas tende a fazer com que mais turistas busquem viagens rodoviárias em 2024. A expectativa da Associação Brasileira de Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (ABRATI) é de crescimento na movimentação em relação a 2023, o que embute mais oportunidades também para as locadoras de veículos que se dedicam ao aluguel diário (RAC). O movimento das viagens rodoviárias já vinha em alta e foi 25% maior durante todo o ano passado na comparação com 2022, conforme dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O impacto no bolso dos viajantes que optavam pela rapidez da viagem aérea ajuda a explicar a tendência, com inflação sobre as passagens de 47,24% em 2023 na comparação com 2022, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A alta afastou o consumidor de classe média dos aeroportos. O diretor regional da ABLA no Rio de Janeiro e diretor executivo da Veloci Locadora, Daniel Bittencourt, afirma que o setor tem a expectativa de aumento de fluxo para o RAC nos próximos meses. “Não é cultural do brasileiro alugar carro para viagens, mas é comum alugar ao chegar ao destino. Acredito que LOCAÇÃO DE MOTOCICLETAS PEGA CARONA NA TENDÊNCIA MOTOCICLETAS Daniel Bittencourt, diretor regional da ABLA no Rio de Janeiro, também lembra que as opções de veículos para locação estão cada vez mais diversificadas, como a locação de motocicletas com foco na experiência de pegar a estrada em duas rodas. Boa parte das cidades brasileiras já conta com serviços de locação de motocicletas, tanto de baixas quanto de altas cilindradas, que são mais apropriadas para distâncias mais longas. A locação de motocicletas é mais comum na Europa e nos Estados Unidos. “No Brasil, a novidade é que começam a aparecer empresas bem consolidadas e que trabalham exclusivamente com esse tipo de locação”, completa Bittencourt. De acordo com os mais recentes dados do setor levantados para o Anuário Brasileiro do Setor de Locação, a frota de motos nas locadoras subiu de 43,2 mil motos no fim de 2022 para 77,6 mil ao final de 2023, um crescimento de 79,5%. é uma questão cultural que está em evolução, principalmente pelos diversos tipos de locação que têm surgido”, diz Bittencourt. O diretor da ABLA avalia que há muito espaço para crescer na modalidade RAC. Para aproveitar as oportunidades, as locadoras têm buscado novas soluções. “No passado, o RAC era basicamente concentrado em aeroportos”, lembra. “Poucos eram em bairros, mas hoje em dia há uma proliferação de empresas pelo estado porque o foco não é apenas turístico”, acrescenta Bittencourt. Ele cita ainda a gestão de frotas e a terceirização como grandes geradores de receita no mercado local. Aluguel Diário 21
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