Revista Locação 112

Ano XXI | #112 | 2024 | JANEIRO / FEVEREIRO Reforma Tributária: o que ainda vem por aí em 2024? Mandato de três anos é novidade na ABLA Novas perspectivas da transição para carros elétricos no Brasil O que esperar das taxas de juros no decorrer do novo ano NOVOS ASSINANTES SÃO BEM-VINDOS Carro por Assinatura é a modalidade de aluguel que mais cresce no Brasil e se consolida como oportunidade para as locadoras

EXPEDIENTE CONSELHO GESTOR Marco Aurélio Gonçalves Nazaré, presidente Paulo Miguel Jr., vice-presidente Dirley Ricci, Lívia Cravo de Villar, Luciano Miranda Chagas, Luiz Felipe Nemer, Lusirlei Albertini, Tercio Gritsch. CONSELHO GESTOR (SUPLENTES) Eduardo Ignácio, Eládio Paniagua Jr, Jacqueline Moraes de Mello, Saulo Tomaz Froes. CONSELHO FISCAL Alvani Laurindo, Claudio Rigolino, Paulo Bonilha Jr. CONSELHO FISCAL (SUPLENTE) Daniel Bittencourt, Maria Helena Teixeira Lima CONSELHO DE EX-PRESIDENTES Adriano Donizelli, Paulo Gaba Junior e Paulo Nemer. COORDENAÇÃO GERAL Olivo Pucci e Francine Evelyn. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS – ABLA www.abla.com.br / email: abla@abla.com.br São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar – CEP 04011-904 – (11) 5087.4100. Brasília: SAUS Quadra 1 – Bloco J – edifício CNT sala 510 – 5º andar – Torre A – CEP 70070-010 – (61) 3225-6728. COORDENAÇÃO EDITORIAL Em Foco Comunicação Estratégica E-mail: revista@abla.com.br | (11)3819-3031 Editor: Nelson Lourenço [MTB 22.899] Textos: Carolina Maia, Aurea Figueira e Nelson Lourenço www.agenciaemfoco.com.br ARTE Carolina La Terza A Revista Locação não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados. Permitida a reprodução das matérias, desde que citada a fonte. CURTA NOSSA PÁGINA FACEBOOK.COM/ABLABRASIL INSCREVA-SE NO YOUTUBE @ABLABRASIL SIGA NO INSTAGRAM @ABLABRASIL SIGA-NOS NO X X.COM/ABLA_BR

3 ADEUS ANO VELHO! Iniciamos 2024 com um novo mandato para o Conselho Gestor e para o Conselho Fiscal da ABLA, que já estão “arregaçando as mangas” para trabalhar dentro do conceito de servir aos associados. Em 2023, tivemos muita sinergia em torno dos assuntos que movimentam o nosso setor. Agora, o objetivo é prosseguir e avançar. Há muitos desafios pela frente. O momento é positivo e exigirá da ABLA uma atenção e uma sintonia apurada com o mercado, parceiros de negócios (fornecedores do setor), instituições financeiras, montadoras, governo, parlamentares e todos os demais interlocutores do negócio de locação de veículos – mas, principalmente, a sequência da sintonia com os associados. Para isso, Marco Aurélio Nazaré segue na presidência do Conselho Gestor da ABLA para o período 2024-2026, tendo a companhia do Paulo Miguel Jr. como vice-presidente, e mais: Tercio Gritsch e Dirley Ricci, ambos do Paraná; Lusirlei Albertini, de Alagoas; Livia Villar, da Bahia; Luiz Felipe Nemer, do Espírito Santo; e Luciano Chagas, também de Minas. Com a chegada do ano novo, cresce a responsabilidade dos dirigentes e de todos os associados em juntos, prosseguirem fortalecendo o mercado de locação de veículos. O associativismo em torno de entidades fortes, como a ABLA, é sem dúvida o melhor o caminho para tornar cada locadora mais competitiva e preparada para as trajetórias de sucesso. Na edição de 2023 do Fórum das Locadoras, já foi apresentado um rápido panorama da nossa atividade, com números que atestam a força das locadoras brasileiras, com uma frota de mais de 1,5 milhão de veículos. Agora, é hora de esquentar os motores e acelerar ainda mais! Bem-vindos a 2024! Os editores Editorial

4 CAPA Cresce a opção pelo aluguel por assinatura: qual o impacto da tendência para as locadoras? 10 ANO XXI | Nº 112 | JANEIRO / FEVEREIRO | 2024 14 FROTA Empresas especializadas em Transporte por Aplicativos abrem cada vez mais espaço para veículos eletrificados 16 PUBLIEDITORIAL Serpro 6 ENTREVISTA David Wong, da A&M, alerta para os obstáculos e o prazo para a eletrificação dos veículos no Brasil 8 NA FRENTE Com novos integrantes no Conselho Gestor e no Conselho Fiscal, ABLA seguira com o trabalho de fortalecimento do associativismo 18 CENÁRIO O que as locadoras podem esperar de 2024 em termos de juros e crescimento da economia 20 LEGISLAÇÃO A Reforma Tributária está aprovada, mas isso não significa que ainda não tem muita água para rolar debaixo da ponte

5 22 BRASIL VIAGEM Use o leitor QR Code do seu smartphone para acessar o site da ABLA 14 FROTA 8 NA FRENTE 22 BRASIL VIAGEM Paraty (RJ) e o litoral norte de São Paulo 24 POR DENTRO Nova versão turbo da Fiat Strada 25 FIM DE PAPO Serviço como diferencial competitivo na locação de temporada

OS GRANDES OBSTÁCULOS AOS VEÍCULOS ELÉTRICOS WONG: O CLIENTE TENDE A BUSCAR INICIALMENTE O ELÉTRICO NUMA LOCADORA PARA UM TEST DRIVE MAIS COMPLETO DE IMEDIATO, PESA NA CONTA A RETOMADA E AUMENTO GRADUAL DOS IMPOSTOS SOBRE OS ELÉTRICOS, HÍBRIDOS E HÍBRIDOS PLUG-IN IMPORTADOS, A PARTIR DESTE ANO Entrevista 6

UMA FROTA EM QUE A MAIOR PARTE DOS VEÍCULOS seja composta por modelos elétricos ainda é uma realidade distante para o Brasil – e para as locadoras. Porém, por quanto tempo? Dos aproximados 100 mil veículos elétricos em circulação no Brasil, saltaremos em 2030 para mais de 1,3 milhão. E mais: no longo prazo, em 2050, a previsão é que o país necessite chegar à marca de ao menos 20 milhões de carros totalmente elétricos na frota para atingir as metas de descarbonização, e um restante de frota híbrida, com uso de etanol. Na avaliação de organizações globais como a A&M, a transição da predominância de veículos de motores com combustão interna para a maior presença de elétricos deve demorar pelo menos mais cinco anos, uma vez que “a indústria automotiva brasileira caminha a passos lentos na adoção de novas tecnologias, sobretudo para eletrificação”. Além disso, explica esse atraso o fato de a demanda nacional ainda não estar preparada para o novo conteúdo tecnológico, devido ao poder aquisitivo dos brasileiros e à dificuldade de acesso ao crédito. De imediato, pesa nessa conta a retomada e aumento gradual dos impostos sobre os elétricos, híbridos e híbridos plug-in importados, a partir deste ano. Em 2024, a tributação será de 10%, chegando até 35% nos próximos 30 meses (julho de 2026). Na entrevista a seguir, com David Wong, diretor da A&M, ele explica melhor quais são os obstáculos que o elétrico enfrenta no país. Locação: Por que o carro elétrico ainda está longe de ser uma realidade para o brasileiro? David Wong: Em primeiro lugar, porque ele ainda é caro para os nossos padrões. E deve ficar ainda mais caro com a política de tributação para os próximos anos. Enquanto isso, na Europa, a venda de veículos híbridos deve superar a de veículos com combustíveis fósseis em 2026. Lá, essa barreira do preço está caindo. Há incentivos e investimentos para atender a demandas de sustentabilidade. Aqui, os elétricos e híbridos ainda são bem mais caros do que os somente com motores a combustão interna. Locação: Quanto a bateria representa atualmente no custo total dos elétricos? DW: Cerca de 30% a 40%. Porém, outra barreira importante é a escassez de pontos de recarga para os elétricos. E existe a preocupação com a longevidade da bateria, projetada para cinco mil ciclos completos de recarga, o que é suficiente para pelo menos uns dez anos de uso. Locação: O Brasil não teria condições de produzir internamente essas baterias? DW: Já existe um projeto-piloto em Minas Gerais, onde há minas de lítio e outros minérios. Mas erguer uma fábrica do gênero e começar a produzir leva tempo, de dois a três anos, com investimento estimado de ao menos US$ 1 bilhão, para iniciar uma planta. De qualquer forma, mesmo quando estiver totalmente instalada, a indústria nacional não vai ter escala para exportação de carros elétricos porque, quando avançarmos na produção local da tecnologia, os demais países já serão autossuficientes na produção nesses tipos de veículos e seus componentes. Locação: E na lista de incentivos, o que podemos citar como estímulo à eletrificação no Brasil para os próximos anos? DW: Além das regras para as montadoras, que estão ficando cada vez mais rígidas no que diz respeito à descarbonização, o Brasil é um dos poucos países com indústria e escala que pode suportar a produção de sistemas para a tecnologia do motor a explosão. As empresas precisam pensar em como aproveitar a escala de produção e ter competitividade enquanto o país navega na transição para as novas tecnologias. Há o risco a ser mitigado, que é o de a indústria perder relevância local e global e, com isso, o Brasil virar um mero importador de veículos montados. Locação: Como o sr. analisa a presença dos elétricos nas locadoras brasileiras? DW: As grandes locadoras já incorporaram veículos elétricos à frota, mas não são agressivas em ampliar essa presença. Elas precisam ter essa oferta, inclusive para aquele cliente que se interesse em alugar para conhecer, como num test drive mais completo. Locação: Os elétricos já começam a ser percebidos pelos clientes de locação? DW: Sim, existe uma iniciativa interessante da BYD em parceria com a 99, de oferecer a locação do elétrico para motoristas de aplicativo. Ambas as empresas têm origem chinesa. Nos Estados Unidos, houve algo semelhante: a Tesla ofereceu seus modelos para test drives em locadoras Locação: E quanto à depreciação? DW: Existem alguns levantamentos nos Estados Unidos que apontam para uma curva de depreciação do elétrico maior do que a dos veículos com combustível fóssil, após um ano de uso. Enquanto esses depreciam entre 8,5% e 10% ao ano, os elétricos ficam em torno dos 12% de depreciação. Entrevista 7

8 A UNIABLA, UNIVERSIDADE CORPORATIVA do setor de locação de veículos, encerrou o ano passado com a mais diversificada programação de conteúdo para a capacitação das pessoas que trabalham nas locadoras. Houve cursos presenciais tais como os de Técnicas de Vendas e Negociação; Contabilidade e Gestão de Multas de Trânsito, além dos cursos de Educação a Distância (EaD), na plataforma do Sest/Senat. Leonardo Soares, coordenador da Uniabla, destaca também o modelo de aula on-line inaugurado com a Ana Renata Navas, da Cox Automotive, que teve ótimo custo-benefício e assim deverá ser continuado e ampliado no decorrer de 2024. “E tivemos o curso In Company, contratado pela Localiza, sobre Análise Prática de Acidentes de Veículos”, lembra. Para 2024, está em andamento a criação de um curso sobre Inteligência Artificial Generativa, com piloto a ser realizado o quanto antes. Com tudo isso, desde que começou a prestar serviços de capacitação ao setor, o número de profissionais que já passaram pela Uniabla ultrapassou os 9 mil participantes. O coordenador adianta que haverá ainda mais conteúdos que vêm ao encontro das demandas de quem trabalha no setor, nas áreas de marketing, finanças, matemática financeira, gestão da manutenção, precificação, sinistros, recursos humanos, contratos, inteligência artificial, política de frotas, segurança patrimonial e gestão sindical. “Ano passado, nós retomamos a agenda presencial em todo o país e o retorno foi excelente. Muitas das sugestões de novos conteúdos surgiram nesses contatos”, completa Leonardo Soares. CRESCE IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO NAS LOCADORAS LEONARDO SOARES, DA UNIABLA: “ANO PASSADO, RETOMAMOS A AGENDA PRESENCIAL EM TODO O PAÍS E O RETORNO FOI EXCELENTE” Na Frente

9 MANDATO DE TRÊS ANOS É NOVIDADE NA ABLA DESDE O DIA 1° DE JANEIRO o Conselho Gestor e o Conselho Fiscal da têm novas composições, com a posse dos conselheiros eleitos para o triênio 2024 a 2026 (conforme a mudança estatutária aprovada pelos associados, em Assembleia Geral no ano passado). Na presidência da entidade segue Marco Aurélio Nazaré, de Minas Gerais e, como vice-presidente, o Conselho Gestor agora tem Paulo Miguel Jr., de São Paulo. Ambos já faziam parte da gestão que terminou em 2023, assim como Tercio Gritsch e Dirley Ricci, do Paraná; e Lusirlei Albertini, de Alagoas. Para 2024, as novidades são as chegadas de empresários que farão parte, pela primeira vez, do Conselho Gestor: Livia Villar, da Bahia; Luiz Felipe Nemer, do Espírito Santo; e Luciano Chagas, também de Minas. Conforme o presidente Marco Aurélio, o corpo diretivo também terá a missão de mostrar e explicar, ao maior número possível de locadoras, os benefícios que o associativismo pode entregar. “A renovação de parte dos conselhos da ABLA acontece em um momento importante para a nossa atividade, que está em franco desenvolvimento com alta demanda por nossos serviços”. A Assembleia Geral ainda elegeu, como conselheiros suplentes, Jacqueline Mello, do Espírito Santo; Saulo Tomáz Froes, de Minas Gerais; Eduardo Ignácio, de Santa Catarina; e Eládio Paniágua Jr., de São Paulo. Para o Conselho Fiscal foram eleitos Alvani Manoel Laurindo, do Mato Grosso; Claudio Rigolino, do Paraná; e Paulo Hermas Bonilha Jr., de São Paulo, tendo como suplentes Maria Helena Teixeira Lima, de Rondônia; e Daniel Bittencourt, do Rio de Janeiro. Na Frente

10 CARRO POR ASSINATURA SEGUE EM ALTA PROJEÇÕES DA ABLA MOSTRAM QUE PELO MENOS 160 MIL VEÍCULOS DE LOCADORAS JÁ ESTÃO DESTINADOS PARA O CARRO POR ASSINATURA Capa

A MODALIDADE POR ASSINATURA GANHOU ESPAÇO e já responde por aproximadamente 12% da frota total das empresas do setor, segundo projeções recentes da ABLA, apresentadas no mais recente Fórum das Locadoras. Nas ruas, desde a pandemia, o número de veículos contratados por assinatura dobrou nesses últimos três anos. Em linhas gerais, conforme as locadoras têm divulgado ao mercado, a facilidade oferecida pelo aluguel por assinatura é a até os mais equipados e luxuosos. “Os veículos econômicos respondem pela maior parte das assinaturas, mas a escolha pode variar de acordo com as necessidades específicas dos clientes, como SUVs para famílias ou carros de luxo para clientes empresariais”, explica Julian Gritsch, expert em locadoras da JG Corp. Ele acrescenta que o perfil do cliente varia de pessoas que não mais desejam o compromisso de um carro próprio até empresas que procuram opções de mobilidade flexíveis para seus funcionários. Os contratos oferecem flexibilidade em termos de duração, quilometragem e tipos de veículo. Normalmente, têm duração de 12, 24 ou 36 meses. A expectativa é que esse formato, mesmo recente, continue se firmando e faça parte definitivamente do portfólio de cada vez mais empresas de locação de veículos. Já existem, inclusive, locadoras que são abertas pensando desde a sua fundação essencialmente no segmento de aluguel por assinatura. Outra novidade na esteira desse sucesso é o surgimento da opção híbrida, ou seja, o cliente contrata o aluguel por assinatura e pode fazer a compra do veículo, se desejar, após um período estipulado na contratação. seguinte: em vez de adquirir um veículo próprio, a pessoa o aluga por um, dois ou até três anos. Ao final do contrato, pode renovar a assinatura para ter outro veículo novo na garagem. O cliente acaba descobrindo – e aprovando – benefícios como não ter preocupação e gastos com seguro, manutenção, revisões, tributos e desgastes do veículo. O mercado oferece desde os modelos mais básicos, os chamados veículos de entrada, Capa 11

12 mensalidades, além do cuidado com a análise do cliente, que, se não for bem cuidada, “pode gerar um prejuízo absurdo ocasionado pelo roubo do veículo”. “Entendo que é algo normal a locadora se adaptar a novas modalidades e a assinatura é interessante e rentável por algumas razões: está em crescimento e é uma tendência; tem uma receita recorrente; o veículo não roda tanto; e a locadora não fica presa OPORTUNIDADES PARA MAIS LOCADORAS Como explicar essa tendência e estar preparado para ter êxito na oferta do serviço por assinatura? Vice-presidente da ABLA, Paulo Miguel Jr., comenta: “O aluguel por assinatura segue uma tendência de mudança de comportamento na sociedade, que busca mais praticidade e comodidade, pagando só pelo uso em vez da posse. Isso acontece não somente no transporte, mas na contratação de serviços em geral”. somente aos contratos com empresas, o que pode gerar um impacto grande no caso da perda de contratos”. Outros comparativos são importantes para reflexão: “uma locadora que trabalha com terceirização e aluga, por exemplo, 50 carros para uma empresa, na assinatura ela irá alugar para 50 pessoas diferentes, o que aumenta a complexidade da locação, além de ter um custo de aquisição maior, pois são 50 validações cadastrais, 50 cobranças e por aí vai. Mas o valor que pode ser cobrado mensalmente pode ser maior do que da terceirização”. “Entendo que para empresas que trabalham com aluguel diário pode ser mais fácil, pois elas já estão acostumadas com o modelo de cobrança do cliente, que normalmente é via cartão de crédito. A maior diferença no caso é a recorrência, que é a cobrança mensal pelos serviços”, completa Julian. Julian Gritsch, da JG Corp, concorda e acrescenta a flexibilidade e a conveniência proporcionadas pela assinatura. “A locação nesse modelo permite desfrutar de um carro sem ter as preocupações de gastos extras com manutenção, seguro e depreciação”. A mudança de comportamento do consumidor, citada por Paulo Miguel Jr., atinge especialmente os mais jovens, que valorizam mais a experiência e a comodidade do que a posse de um ativo. Além disso, lembra Julian, o crescimento do trabalho remoto e das cidades inteligentes também contribui para que as pessoas reavaliem a necessidade de possuir um carro. Na avaliação do expert, a tendência da assinatura é de um crescimento sustentado, impulsionado por fatores como urbanização, aumento dos custos de propriedade de veículos e mudanças nas preferências de mobilidade. ATENÇÃO PARA QUEM QUER ENTRAR NO MERCADO Uma vantagem para as locadoras que adotam a opção por assinatura é o fluxo de receita estável durante o período da locação. “Outro aspecto é que normalmente o cliente de assinatura não costuma desgastar muito o veículo, o que faz com que o valor de venda aumente”, lembra Julian Gritsch, da JG Corp. Para ele, a desvantagem – que pode ser controlada – é o processo de renovação e cobrança das Capa

aos modelos BYD”, detalha PeiPei Cao, CFO da BYD Brasil. “A parceria nos permitirá ampliar as condições de modelos elétricos e híbridos para as frotas operadas por nossos clientes, de forma alinhada ao nosso planejamento estratégico, que tem como um dos pilares a transição energética”, afirma Carlos Lopes, General Manager da Arval Brasil. “Os veículos eletrificados são importantes na jornada da sociedade para uma mobilidade de baixo carbono. Com a parceria, vamos criar condições financeiras melhores, combinando a expertise da Arval Brasil na gestão de frotas e no mercado corporativo com a liderança e especialização da BYD nos carros elétricos”, completa Lopes. BYD FIRMA PARCERIA E SE TORNA MAIS UM FABRICANTE A OFERECER CARRO POR ASSINATURA BYD INGRESSA NO CARRO POR ASSINATURA Uma das maiores fabricantes de elétricos do mundo (dois milhões de unidades vendidas entre janeiro e setembro de 2023, segundo a consultoria EV-Volumes), a BYD firmou parceria com a Arval, do Grupo BNP Paribas, para que seus elétricos também comecem a ser alugados por pessoas físicas, por meio da modalidade de assinatura. A operação do serviço será feita pela Arval Brasil. “Será mais um modelo de negócios para disseminar os carros elétricos no país, com a oferta baseada em um valor mensal que cobre o aluguel do carro e um pacote completo, que inclui manutenção, proteção e assistência 24 horas, facilitando a experiência dos condutores e levando mais uma opção de acesso Capa 13

APLICATIVOS AMPLIAM ESPAÇO PARA CARROS ELÉTRICOS Frota 14

A PRINCIPAL NOVIDADE NO MERCADO DE LOCAÇÃO de veículos para motoristas de aplicativo é o aumento da presença de automóveis elétricos e híbridos nessa modalidade de aluguel. A quantidade segue em alta e a estimativa é que em 2024 o total de elétricos e híbridos alugados aos motoristas salte de 450 para aproximadamente mil veículos. Em julho, a fabricante de veículos elétricos BYD já havia anunciado parceria com a empresa de mobilidade 99 para incorporar 300 veículos da marca à frota oferecida aos motoristas de aplicativo que trabalham com a plataforma. A expansão é justificada pela tendência de as locadoras serem cada vez mais incorporadas à lista de principais players de mobilidade urbana. No panorama geral, as empresas de aluguel de veículos estão atentas ao avanço da presença dos elétricos e isso implica na necessidade de irem se ajustando, dentro do possível, às novas tendências. No ano passado, o Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos reuniu pela primeira vez as estatísticas a respeito das compras de híbridos e elétricos feitas por empresas de locação de carros. Considerando automóveis e comerciais leves, caminhões, motos e ônibus, as locadoras emplacaram 3.309 unidades em 2022, o que equivaleu a um crescimento de 88,9% na comparação com as compras feitas em 2021. FROTA ELETRIFICADA DEDICADA AOS MOTORISTAS DE APLICATIVOS DEVE DOBRAR EM 2024 15

16 Em qualquer negócio, a manutenção de estoques pode ser um desafio. Para quem trabalha com comércio de veículos novos e usados, o desafio pode ser ainda maior, tendo em vista a necessidade de realizar o controle de entrada e saída de bens de alto valor, além de cumprir com as prescrições legais dos principais órgãos reguladores federais, estaduais e municipais. A informatização e a conectividade, regra no geral, se faz ainda mais necessária neste caso em particular. E o Renave pode dar uma ajuda aos empresários do setor. O Registro Nacional de Veículos em Estoque, ou Renave, é um sistema desenvolvido pelo Serpro com o objetivo de proporcionar ao varejista de veículos um mecanismo para registrar digitalmente a entrada e saída de carros, motos, caminhões e outros de seus estoques. É composto de um conjunto de operações e serviços, também conhecidos como web services, que permitem o registro na base de dados da Senatran, ou seja, no Renavam. É dividido em dois módulos: Renave Novo e Renave Usados. Entre as principais características do Renave, estão segurança e confiabilidade para o estabelecimento e consumidor final; agilidade e simplicidade na transferência de propriedade, sem burocracia; redução de taxas na transferência de propriedade; integração automática com a Receita Federal e o Detran; formalização do mercado de compra e venda de veículos; e elimina a necessidade de procurações e reconhecimento de firmas. O sistema tem por finalidade criar uma base nacional de veículos em estoque, estabelecendo padrões para comunicação, registro, controle e acompanhamento das transações comerciais, viabilizando a escrituração eletrônica dos livros de registro de movimento de entrada e saída de veículos. Lançado oficialmente em fevereiro de 2021, o Renave Usados já transacionava de forma eletrônica as operações de compra e venda de veículos usados em 9 estados da federação (ES, GO, MS, MT, PE, PR, SE, SP e SC). Já o Renave Novo opera em todo o Brasil O Renave Usados é oferecido aos varejistas de veículos, independente de tamanho, desde que estejam cadastrados no Credencia e no Detran do estado onde estão localizados. A empresa interessada deve contratar o serviço individualmente, não sendo permitida a contratação por entidade de classe representativa do setor. Os interessados deverão ainda providenciar a contratação de certificado digital no padrão ICP-Brasil e a integração de seus sistemas ao Renave, para conectividade com segurança. Em 2023, estados como SP, PR e SE aderiram ao Renave Usados, que permite o controle de compra e venda de veículos usados por agências nos estados de abrangência. Ainda, dependendo do estado em questão, benefícios podem ser oferecidos para a realização de transferências utilizando o sistema, como redução de taxas de transferência e facilidade na vistoria de veículos. Já o Renave Novo foi implantado em 2022 para o ramo de concessionárias, implementadoras, encarroçadoras e montadoras, com o objetivo de coibir fraudes do primeiro emplacamento que consistiam em clonagem de veículos, onde atualemente não temos mais o registro de veículos registrados a partir de 2022 clonados (conforme as fases de implantação do Renave). Além disso, tivemos alguns ganhos como o controle de notas fiscais e rastreamento da cadeia dominial do veículo. Somando as concessionárias autorizadas pelas fabricantes e as agências de revenda de veículos, já são cerca de 12 mil estabelecimentos comerciais que utilizam o Renave em todo o país. Em breve, a sua agência ou revendedor poderá fazer parte dessa lista. Para isto, basta acessar o hotsite do Renave (https://www.loja.serpro.gov.br/ renave) e buscar mais informações, ou mesmo partir para a contratação caso seu estado já tenha aderido ao sistema. Com passos tão simples, você poderá trazer uma verdadeira renovação para o seu estabelecimento comercial e trazê-lo de vez para o século XXI. RENAVE PODE RENOVAR SEU NEGÓCIO Solução Serpro para controle de estoques promete facilitar a vida de distribuidores de veículos novos e usados Publieditorial

Acesse a Loja Serpro e saiba mais: loja.serpro.gov.br/renave O RENAVE realiza a escrituração eletrônica de entrada e saída de veículos novos e usados dos estabelecimentos, integrado aos serviços dos órgãos de trânsito e fiscal, oferecendo mais praticidade e segurança para todas as partes. Ganhe agilidade e economia com a transferência digital de veículos

18 COM A CONFIRMAÇÃO DE NOVA QUEDA NA SELIC – 0,5 ponto em dezembro –, economistas seguem com a expectativa de aceleração no ritmo do corte de juros em 2024. Para o Itaú, a projeção é de que a taxa básica fique abaixo dos 10% (em dezembro, era de 11,75% ao ano). O economista do Itaú, Igor Rose, esteve no mais recente Fórum das Locadoras e fez mais algumas considerações sobre como deve se comportar a economia brasileira neste ano de 2024, segundo as estimativas do banco. Nesse sentido, o cenário externo marcado por guerras afeta a expectativa de não-redução na taxa de juros nos Estados Unidos, com reflexo aqui no Brasil. “A nossa projeção é que a taxa básica de juros aqui fique em 9,5%, o que ainda é uma taxa alta, principalmente em relação ao período anterior à pandemia. De qualquer maneira, para um setor como o das locadoras, que depende de crédito, a boa notícia é que o nível de obtenção de empréstimos está em ritmo de retomada”, avalia Igor Rose. O economista acredita que a inflação ficará meio ponto percentual acima da meta do governo (3%). Por sua vez, o PIB de 2024 será menor que o projetado para 2023. Na visão do Itaú, o país deverá crescer 1,8%, abaixo dos quase 3% de crescimento a ser confirmado do ano passado. Para o banco, esse comportamento do PIB não é sinal de crise, e sim de estabilidade na economia. “2023 foi um ano em que o clima e o agro ajudaram bastante no crescimento”, lembra Rose. “Para 2024, os riscos são o câmbio e o controle de gastos do governo. Será um ano de desafios”. Mais projeções Essa análise cautelosa é compartilhada por outras instituições, como o Banco Safra, que acredita em crescimento menor em 2024, pelo menos nos primeiros meses, não apenas para o Brasil, mas no mundo todo. Para o Safra, o IPCA ficará em 4,6% nesse ano, dentro da banda da meta. A projeção de inflação ao consumidor para 2024 é de 3,5%, incluindo o já anunciado aumento de ICMS sobre combustíveis. O banco acredita que, nesse ambiente, o Banco Central poderá continuar a reduzir a taxa básica de juros até 8,75% ao ano, índice que poderá ser atingido no final de 2024. Dessa forma, a redução da taxa Selic impulsionaria o mercado de crédito e reduziria o comprometimento de renda das famílias com serviço de dívida. Outro fator que beneficiará o poder de compra é a própria queda da inflação, o que sustenta a expectativa do Safra de aumento do consumo das famílias em 2,9% no próximo ano. O BRASIL VAI CRESCER EM 2024? IGOR ROSE, ECONOMISTA DO ITAÚ: “OS RISCOS SÃO O CÂMBIO E O CONTROLE DE GASTOS DO GOVERNO. SERÁ UM ANO DE DESAFIOS” Cenário

Em 2023 foi o maior sucesso! ANO QUE VEM, SERÁ AINDA MELHOR! Organização Realização PRÓXIMA EDIÇÃO CONFIRMADA PARA 2024!

20 APROVADA EM DEZEMBRO DE 2023 NO CONGRESSO, a reforma tributária ainda vai percorrer um longo caminho para começar a valer em sua plenitude. Mas as locadoras já começam a se preparar para o cenário em que haverá uma redução na quantidade de impostos e, na opinião dos economistas, mais fôlego para o Brasil crescer. A implementação será gradual, começando em 2026. A previsão para a migração completa do atual modelo para o novo é de 50 anos. Para os contribuintes, porém, o prazo será menor: até 2033, todos os impostos a serem substituídos pelo IVA já estarão extintos. Victor Rocha, da Rocha & Rocha Advogados, faz parte da equipe que assessora o setor de locação de veículos em relação à reforma tributária. Ele explica que o setor está buscando a REFORMA TRIBUTÁRIA: O QUE ESPERAR DAQUI PARA FRENTE? TEXTO PROMULGADO EM DEZEMBRO ESTABELECE NOVA TRIBUTAÇÃO SOBRE O CONSUMO, MAS MUDANÇAS SERÃO IMPLANTADAS GRADATIVAMENTE neutralidade, ou seja, ter à mão os dispositivos que a lei permite para que a atividade de locação não seja penalizada com aumento de carga tributária a partir da reforma. “As locadoras têm vários aspectos a serem analisados para alcançar esse ponto de neutralidade, incluindo questões como o lucro real, a inscrição no Simples Nacional, se é locação para empresas ou pessoa física, para Reforma Tributária

A Reforma Tributária promete um sistema de efetiva não-cumulatividade e neutralidade, ponto crucial para as empresas do setor de locação de veículos, considerando os tributos indiretos que oneram suas operações e que, atualmente, não são recuperáveis. CONCLUSÕES: Além do aumento de alíquota, outros pontos que merecem atenção do setor são: i) o creditamento na aquisição do ativo fixo (que poderá beneficiar diretamente as locadoras, porém impactar as operações com pessoas jurídicas); e ii) a incidência do IVA sobre a venda do ativo fixo; CONCLUSÕES: Há de se avaliar como a Reforma Tributária englobará o Simples Nacional e as operações destas empresas com empresas do regime comum; CONCLUSÕES: Neste cenário, é de suma importância o acompanhamento, pelo setor, do processo de regulamentação do IVA para assegurar uma transição neutra e benéfica entre os dois regimes. órgãos públicos, aluguel mensal, contrato por assinatura, entre tantos outros”, analisa Victor. “O que se busca nesse momento é ter uma base para que as locadoras possam se habilitar a um ‘creditamento’ amplo, por exemplo, na devolução de tributos a partir da compra de ativos”, acrescenta. A PEC 45 extingue cinco impostos que incidem sobre o consumo de bens e serviços: IPI, ICMS, PIS, Cofins e ISS. Eles foram unificados em um IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que, por sua vez, será composto pela CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços, será arrecadada pela União e substitui o PIS, o Cofins e o IPI); e pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços, será arrecadado por estados e municípios, em substituição ao ISS e ao ICMS). A alíquota padrão do IVA ainda será estipulada pela Fazenda, mas estima-se que gire entre 27% e 27,5%. A regulamentação integral do imposto será definida por meio de lei complementar. O IVA será cobrado “por fora”, ou seja, o valor do imposto não estará embutido no valor do bem ou serviço. Micro e pequenas empresas que recolhem impostos pelo MEI não serão afetadas, e as inscritas no Simples terão a opção de recolher uma guia para IRPJ/ CSLL e contribuição previdenciária, e mais o recolhimento em separado do CBS/IBS, com a possibilidade de aproveitamento de crédito de insumo. Um exemplo do impacto da reforma tributária veio dias depois da sua aprovação, quando o Brasil subiu na avaliação internacional de risco de investimentos (o país atingiu um status melhor, mas ainda assim segue alguns degraus abaixo do nível de “recomendado para investimentos”, patamar que deixou em 2015). 21

22 ENTRE PRAIAS E CASARÕES ROTEIRO ENTRE O LITORAL NORTE DE SÃO PAULO E PARATY AGRADA A QUEM GOSTA DE HISTÓRIA E NATUREZA. MELHOR AINDA COM CARRO ALUGADO 1 2 3 4 Brasil Viagem

FOTO 5 Prepare-se para o clima de Paraty visitando a barra dos pescadores em Ubatuba. FOTO 6 Com seu calçamento irregular e centenário, o Centro Histórico de Paraty é tombado e não permite o acesso de carro. FOTO 7 Do cais de Paraty, saem os barcos que levam às ilhas no entorno da cidade FOTO 8 A praia do Pontal, em Paraty, é a mais central da cidade, ponto certo para petiscos e cerveja gelada. O acesso é por pista de terra, logo depois do pórtico de entrada do município. FOTO 1 Praia e rio Camburi, em São Sebastião. A cidade tem pelo menos duas dezenas de praias, algumas badaladas como a citada, da Baleia, Juqueí e Maresias. FOTO 2 A paisagem da Serra do Mar acompanha todo o litoral norte de São Paulo e esconde preciosidades como essa cachoeira, a do ribeirão do Itu, em Boiçucanca, São Sebastião. O bairro possui boa estrutura de comércio e hospedagem. FOTO 3 Há trilhas para todos os gostos e níveis ao longo da viagem, como essa, em Caraguatatuba. FOTO 4 Além de praias (várias), Ubatuba reserva surpresas como o Casarão do Porto, de 1846, espaço aberto para visitação e exposições. 23 5 6 7 8 Brasil Viagem

24 FIAT STRADA EM VERSÃO TURBINADA ENQUANTO NÃO CHEGA A TITANO, nova picape da marca, a versão Ultra da Fiat Strada é a novidade da linha 2024 do modelo, muito popular entre as locadoras. A versão adota o motor GSE 1.0 Turbo (igual ao do Fiat Pulse – desse veículo, a nova Strada tem inclusive o mesmo câmbio e volante), em substituição ao motor 1.4, o que lhe garante 125 cavalos ao abastecer com gasolina e 130 cavalos com etanol. Com essa configuração, a Strada consegue ir de 0 a 100 km em 9,5 segundos. Ainda nessa versão, destaque para os faróis full LED e um atraente pacote multimídia, que inclui conexão sem fio para Android Auto. A caçamba de carga comporta 1354 litros na opção cabine simples, maior do que a de pick-ups similares. O consumo médio chega a 13,2 km/l com gasolina, na estrada. Com o câmbio CVT, que simula sete marchas, o carro ganha em economia no consumo. OS FARÓIS FULL LED SÃO PARTE DO NOVO VISUAL DA PICAPE O ESPAÇO NA CAÇAMBA DA VERSÃO CABINE DUPLA É DE 844 LITROS Por Dentro

25 SERVIÇO COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO NA LOCAÇÃO DE TEMPORADA IMAGINE A SITUAÇÃO: você está em viagem de férias, com o seu próprio carro, tem algum problema mecânico no meio da estrada e, a princípio, sem nenhum socorro por perto. Esse condutor precisará, ele mesmo, ir em busca de ajuda, tentar acionar um reboque, enfim, tomar alguma providência para que seu veículo seja consertado (o que pode não ocorrer de imediato) e possa seguir viagem. Se o carro em questão fosse alugado, tudo seria bem mais prático, bastando apenas acionar a locadora para providenciar a troca do veículo, sem a preocupação adicional de ter que arcar com os custos da manutenção. O cenário ilustrado é apenas um dos muitos relacionados às comodidades oferecidas pelas locadoras a seus clientes, diferenciais que tornam o seu serviço competitivo e fazem com que a modalidade tenha um aumento em sua demanda neste período. Também podemos acrescentar: a liberdade que o carro alugado proporciona ao usuário de fazer a sua própria programação, sem depender de roteiros pré-fixados; a possibilidade de “poupar” o próprio veículo, evitando também gastos que, talvez, tivessem que ser feitos a depender da quilometragem acumulada, como a revisão obrigatória, por exemplo. É importante lembrar que esses diferenciais já são experimentados por muitos clientes ao longo de todo o ano, e não apenas na sazonalidade das férias. E isso se deve a uma série de fatores, como as mudanças de comportamento em relação ao uso do veículo, intensificadas durante a pandemia – o home-office, por exemplo, fez com que muitos passassem a usar menos seus carros – e às novas modalidades de locação que têm facilitado o acesso aos veículos alugados. Nesse contexto, já há proprietários que, inclusive, repensam sobre a necessidade de manter ou não o carro na garagem, visto que hoje é possível ter acesso a um veículo de múltiplas formas, não obrigatoriamente ligadas à posse do bem. Ao aprimorar a qualidade de seus serviços e desenvolver novas soluções, tanto as locadoras quanto outras empresas contribuem para a evolução do mercado de mobilidade e para que o cliente seja o seu protagonista, ao escolher a opção mais conveniente para os seus deslocamentos diários. *Felipe Coelho, Vice-Presidente de Negócios da ITS MOB, start-up do segmento de mobilidade Por Felipe Coelho* Fim de Papo

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