Revista Locação 104

18 Mercado UMA CERIMÔNIA simbólica realizada na B3, em São Paulo, oficializou a fusão entre duas das maiores redes do setor, a Localiza e a Unidas. Qual o reflexo desse negócio para a realidade das locadoras no Brasil? Para o presidente do Conselho Nacional da ABLA, Marco Aurélio Nazaré, essa movimentação interfere na composição do mercado brasileiro de locação, porém, não descaracteriza a grande HÁ ESPAÇO PARA TODOSMERCADO SEGUE COM PERFIL PULVERIZADO E OFERECE OPORTUNIDADES PARA EMPRESAS DE TODOS OS PORTES, AVALIA A ABLA CERIMÔNIA NA B3 OFICIALIZOU A FUSÃO ENTRE AS REDES pulverização e prevalência das pequenas e médias empresas. Ele explica que, ao contrário do mercado norte-americano, por exemplo, onde há concentração de negócios e de frotas entre poucas empresas, aqui as oportunidades estão espalhadas entre empresas de diferentes portes. E essa realidade não será alterada com o surgimento da nova empresa formada a partir da fusão. “Existe mercado para todos. As locadoras médias e pequenas continuarão a explorar nichos específicos. Elas possuem diferenciais como a agilidade e a customização no atendimento, que cria uma relação de confiança com o cliente e as habilitam a permanecer competitivas no cenário pós-fusão”, avalia Marco Aurélio. Prova disso é a evolução do número de locadoras em atividade no Brasil nos últimos anos, registrada pelo Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos. Esse número nunca deixou de crescer: eram 8.561 em 2017 e agora já são 13.903 empresas se dedicando a esse negócio em todo o país. Dessas, a esmagadora maioria é composta de locadoras pequenas e médias, com até 15 mil veículos na frota. O presidente da ABLA lembra que a concentração de mercado é uma prática comum a vários mercados, que está acontecendo em diversas atividades, inclusive na locação. Mas isso não significa que as locadoras de menor porte deixarão de ocupar um lugar ao sol.

RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=