24 Terceirização A PANDEMIA mexeu com vários fatores no mercado de locação, mas não mudou uma realidade que permanece sendo a tônica no segmento de terceirização: há muito espaço ainda para o crescimento dos serviços das locadoras nessa área. Mesmo considerando os avanços dos últimos anos, quando um número maior de empresas passou a optar pela terceirização, o potencial desse nicho no Brasil segue muito convidativo. Especialistas apontam que, aqui, apenas 20% das empresas contam com frota terceirizada, enquanto em outros países esse índice chega a 70%. “A terceirização não sofreu muito com a pandemia. Houve um certo impasse no início das restrições sanitárias, e alguns contratos tiveram que ser renegociados. Mas no ano seguinte o mercado já havia recuperado o fôlego. A gente estima que a renovação dos contratos de terceirização em 2021 foi de quase 100%. As empresas perceberam que, diante de um cenário onde o capital para investimento ou mesmo manutenção do negócio era curto, a terceirização era uma opção muito vantajosa”, explica Paulo Miguel Junior, do Conselho Gestor da ABLA. Editor da Global Fleet para as Américas, Daniel Bland também avalia que 2021 foi um bom ano para as locadoras que investiram em terceirização, e em 2022 as perspectivas são positivas. Segundo ele, no ano passado, as três maiores empresas do setor aumentaram sua frota dedicada a esse segmento. “O Brasil está seguindo os modelos de contratos que são firmados na Europa, onde existe uma grande preocupação dos gestores com a depreciação da frota”, afirma. A terceirização também ganhou fôlego com serviços de assinatura. “Contratos mais flexíveis, de curto prazo, estão se tornando populares no mercado. São uma alternativa interessante para os gestores de frota pensarem em firmar depois contratos mais longos ou mesmo testarem opções mais sustentáveis, como veículos híbridos ou elétricos”, finaliza Bland. MERCADO CONTINUA AQUECIDO Capital que deixa de ser mobilizado na frota própria é um dos grandes atrativos do serviço em tempos de crédito curto DANIEL BLAND: O BRASIL ESTÁ ADOTANDO AS PRÁTICAS INTERNACIONAIS DE TERCEIRIZAÇÃO
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