131 2022 Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos Brazilian Vehicle Rental Sector Yearbook sua otimização. Se formos relacionar pontos de resistência, são eles: as dificuldades em se captar investimentos, carência de equipe suficiente para implementar as melhorias e necessidade de comprovar a economia e aumento da segurança que a gestão proporciona, sem falar no esforço de ter à disposição uma frota mais sustentável. Seja como for, o Brasil segue o curso observado no segmento em outros países, dado o uso mais intensivo de tecnologia, com reflexos sobre o menor custo dos serviços e acesso ainda maior aos dados dos veículos. Também há outra forte tendência que é a do compartilhamento de experiências, que democratiza informações via plataformas digitais, com maior e mais frequente intercâmbio de boas práticas. É notório que frotas maiores de veículos recorrem mais ao gerenciamento. No aspecto dos setores que aparecem no topo da demanda corporativa estão a distribuição de alimentos e bebidas, serviços de telecomunicações e reparos, indústria química e farmacêutica, empresas de energia/tratamento de água, agronegócio, área de infraestrutura, serviços financeiros, apenas para citar algumas das atividades mais representativas no portfólio. Vale assinalar, ainda, que as frotas públicas e de instituições são cada vez melhor administradas e vêm atendendo ao chamado da sustentabilidade. Sob o refletor da conjuntura do setor automotivo, o desafio dos gestores para este ano, ao renovar as frotas, será o de antecipar com prazo ainda maior os pedidos às montadoras e decidir quais veículos substituir por motores menos poluentes. Outra dúvida que cerca o modelo de gestão implementado será o de decidir se compartilha ou faz a substituição por serviços de mobilidade, reduzindo a frota total da empresa. Com posição sedimentada no mercado da mobilidade, as locadoras, pela experiência, especialização e processos se encontram bem situadas para atender as necessidades das empresas, além de assegurada a capilaridade no território nacional. Mesmo assim, como o que se impõe às demais atividades, terão que evoluir na sua oferta com mais flexibilidade e digitalização. Olhamos com atenção para o clamor coletivo por soluções mais sustentáveis e ambientalmente responsáveis. A mudança para veículos elétricos ou híbridos será mais rápida do que pensamos, especialmente nas grandes cidades. Assim como a disseminação de serviços de mobilidade acessados por meio de aplicativos. A equação fecha com a oferta crescente de modelos não poluentes por parte das montadoras e as alternativas disponíveis de aluguel e pagamento pelo uso do bem, no lugar da propriedade, o que agilizará esse processo de evolução. Jauame Verge Vice-Presidente Executivo da AIAFA Brasil
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