75 de entrada e financiamento, além do estado do carro e da quilometragem. Ilídio lembra que a situação legal também é importante. “A Fenauto recomenda aos consumidores que exijam do vendedor toda a documentação do veículo para checagem e rastreamento de multas e outras ocorrências. Se ele tiver o manual de proprietário, melhor ainda para checar se todas as revisões foram feitas adequadamente e se existiu algum problema anterior com o veículo”, destaca. Outra recomendação da entidade é que o negócio de um veículo usado ou seminovo somente seja fechado depois de vistoria presencial do carro. “Não há como avaliar adequadamente qualquer bem que estamos comprando apenas com fotos publicadas na internet. A compra direta, olhando detalhadamente o veículo, é sempre muito mais interessante e pode trazer menos dores de cabeça para o consumidor.” A Fenauto não tem dados sobre o perfil – sexo, faixa etária e nível de renda – do comprador por internet. Quanto à idade dos modelos preferidos, Ilídio diz que normalmente os seminovos são os mais procurados, por terem quilometragem mais baixa e conservação melhor. “Inclusive a garantia original de fábrica ainda é válida em muitos casos”, diz. “Mesmo assim, também percebe-se uma tendência de crescimento na comercialização de veículos mais antigos em determinadas regiões do Brasil”, acrescenta. A propósito, sobre a idade dos veículos a Fenauto tem quatro classificações: Seminovos, com idade entre 0 e 3 anos; Usados Jovens, entre 4 e 8 anos; Usados Maduros, entre 9 e 12 anos; e Velhinhos, com 13 anos ou mais. Tendências | Ao analisar as tendências do comércio eletrônico de veículos, Ilídio conclui que o uso da internet, pela facilidade e pela popularização, deve crescer muito nos próximos anos, fortalecendo essa opção como uma excelente ferramenta para agilizar o processo de consulta e obtenção de informações e dados sobre o veículo desejado. Ele está seguro, contudo, de que “a compra na loja física ainda está longe de ser abolida e deve se fortalecer também nos próximos anos pela profissionalização cada vez maior dos revendedores, que se utilizam também da internet para promover suas vendas”. Para preparar o associado, a Fenauto proporciona “muitas ferramentas importantes para que eles se atualizem com as principais tendências e estejam a par de mecanismos para alavancar vendas, treinamentos e outras ações”. O presidente da Fenauto ainda acrescenta: “Desenvolvemos um extenso programa de encontros regionais com as associações locais e revendedores, oferecendo palestras e workshops abordando diversos assuntos de interesse da categoria e, também, a aproximação entre eles para a troca de experiências”. O objetivo é que o revendedor e toda a sua equipe entendam essa nova dinâmica do consumidor e estejam devidamente preparados para atender satisfatoriamente. Em dezembro do ano passado, por exemplo, a entidade realizou a 3ª edição do Congresso Fenauto, “promovendo ampla grade de workshops e apresentações para oferecer munição para nossos profissionais estarem preparados para as novas demandas que o mercado está impondo”, conclui o presidente.
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