77 Anuário Yearbook ABLA 2013 Frota The Fleet constatou que essa modalidade de negócio “tem aumentado de ano para ano, em nível Nacional”. Cássio está convicto de que o administrador que analisa os prós e os contras descobre que, ao terceirizar, a empresa ganha em vários itens: “em primeiro lugar pode aplicar o capital da frota no seu negócio; no mais, dispensa equipe de manutenção; economiza em seguros, licenciamentos e serviços, ou seja, a administração da frota quem faz é a locadora. E por fim, a depreciação dos veículos fica por conta da locadora”, avalia. No setor público os avanços também são perceptíveis. “O governo não consegue, na maioria das atividades, os mesmos índices de eficiência e qualidade obtidos pelas empresas locadoras, por não possuir a especialização necessária”, diz o conselheiro da ABLA. Ele acrescenta que, se a conta tradicionalmente foi favorável aos administradores públicos de todos os níveis, a partir do ano 2000 aumentou ainda mais devido à legislação que estabelece limites de gastos. “O poder público descobriu, após a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que a terceirização é um bom negócio. Os contratos são feitos por tempo determinado, sempre observando as necessidades de cada órgão da administração pública. Com isso existe redução na burocracia interna, já que as manutenções e avarias são cobertas pelas locadoras”. Segundo sua explicação, a terceirização da frota ajuda prefeitos, governadores e até o governo federal a manter o controle dos gastos com a frota. “O contrato estabelece valores e prazos determinados, sabendo-se exatamente quanto vai custar, não deixando para a próxima administração qualquer ônus”, esclarece Cássio Lemmertz. Também muito experiente em lidar com empresas, órgãos públicos e governos, Valmor Weiss entende que a terceirização tem o modelo adequado para o gestor público dar transparência aos gastos com a frota. “O contrato é claro, objetivo, e estabelece valores fixos. Não existe custo adicional com oficina, compra de peças e ou com outros componentes. Então é fácil de ser analisado e julgado pela sociedade e pelos órgãos fiscalizadores”, ressalta. A delicada relação com o poder público, que tem situação e oposição (geralmente contrária aos atos dos governantes), não deve preocupar o setor de locação, segundo Valmor Weiss. “Quando se faz negócios honestos não há o que temer. E se houver superfaturamento ou falcatrua em determinado contrato é muito fácil de descobrir, e tem de haver punição”, ressalta. Todo esse conjunto de valores econômicos, morais, éticos e democráticos está mudando radicalmente o perfil das frotas públicas. Segundo Valmor Weiss, a ABLA tem papel relevante nesse processo de transformação. “As sucessivas campanhas, matérias da ABLA vão alertando aos empresários, autoridades e a sociedade e os levam à reflexão. Estamos no caminho certo. Temos de continuar informando e esclarecendo bem. Transparência é fundamental”, conclui. Outsourcing moves forward in the public sector There was a time when used vehicle prices suffered little depreciation. Automobiles were also considered to be highly liquid. At that time - until the early 1990s - a company with a large fleet had cash on hand. Mass access to brand new cars has changed this. Vehicle depreciation now can exceed 12% a year (see the article on the used car segment in the Market section) The solution found by many businesses to avoid successive losses for their assets has been to dispose of their vehicles and use leased fleets. A member of ABLA’s National Council in Rio Grande do Sul state, Cássio Lemmertz has been involved with outsourcing since 1998. So, although not new in Brazil, for years outsourcing made slow progress because of a cultural issue: businesspeople attributed a high value to assets, both for property and for vehicles.
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