Frota 76 Anuário Yearbook ABLA 2013 Frota The Fleet inclusive no setor público Houve um tempo em que o valor do veículo usado sofria pouca depreciação. Além disso, o automóvel era tido como um bem de alta liquidez. Nessa época – até no início dos anos 1990 - uma empresa com uma frota grande tinha “dinheiro em caixa”. O acesso em massa ao carro zero km mudou esse perfil. Com as desvalorizações de hoje em dia as perdas com o automóvel podem ultrapassar 12% ao ano (veja matéria específica sobre o segmento de usados na seção Mercado) A solução encontrada por muitas empresas para evitar as perdas sucessivas no patrimônio foi se desfazer dos seus veículos e utilizar frota de locadora. Membro do Conselho Nacional da ABLA no Rio Grande do Sul, Cássio Lemmertz lida com terceirização desde 1998. Portanto, embora não seja recente no Brasil, por anos a terceirização “andou devagar” devido a um componente cultural: os empreendedores atribuíam alto valor ao patrimônio, tanto para os imóveis quanto para os veículos. “Era comum, antes de uma empresa ser criada, seu proprietário comprar a sede, mesmo que essa aquisição comprometesse o fluxo de caixa e fosse necessário pedir empréstimos bancários. Os bens funcionavam como uma espécie de segurança. Essa também era a filosofia empregada para os carros”, lembra Valmor Weiss, membro do Conselho Nacional da ABLA no Paraná e vice- -presidente da Fenaloc. Mesmo em condições não muito propícias algumas empresas tiveram a coragem de ousar. Foram pioneiras e seguiram na frente. Ao encontrar companhias nacionais com essa determinação, Valmor Weiss assinou o seu primeiro contrato de terceirização com uma empresa pública, os Correios, em 1973. Contudo, os bons resultados por si só ainda não foram suficientes para esse negócio prosperar, ou seja, não evoluiu enquanto o valor do carro usado se manteve em alta. Mas, a situação agora realmente está mudando. Cássio Lemmertz é um dos empresários que já Kzenon /Shutterstock.com A terceirização avança
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