2022 Anuário Brasileiro do Cobre Brazilian Copper Yearbook 18 fim de vida, gera uma sucata íntegra, de elevado índice de aproveitamento de massa, e resultando em menor aporte de energia elétrica para a sua transformação. Este aspecto pode ser o fiel da balança na composição de estudos de viabilidade de projetos e novas instalações. As vantagens até agora citadas permitem vislumbrar grande potencial para o crescimento do consumo de sucatas, uma vez que atualmente os novos semielaborados de Cobre fabricados utilizam cerca de 35% de matérias primas secundárias. Porém, para este crescimento acontecer de forma saudável e sustentável, faz-se necessário manter agenda com ações coordenadas pela sociedade civil, apoiadas pelo aprimoramento e fiscalização das políticas públicas. O Brasil teve avanços significativos desde a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - Lei nº 12.305/2010. Porém, está clara a necessidade de contínuo incentivo para a profissionalização e transferência de conhecimento para os receptores e intermediadores de sucatas, principalmente sob o ponto de vista técnico, tributário e ambiental. Dentre as ações, podemos destacar os impactos positivos do trabalho da ABCobre em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente e Governo Federal nos últimos anos, com a emissão da cartilha “Reciclagem Consciente”, fomentando a adoção de melhores práticas para o manejo de sucatas de cabos elétricos, com o intuito de reduzir possíveis impactos ambientais resultantes da incineração incorreta das capas poliméricas para refino do Cobre. Outra iniciativa a ser incentivada é a adoção de metodologias de projeto baseadas nos princípios da Economia Circular, tais como o Design for Environment, no intuito de assegurar as melhores práticas para reduzir os impactos ambientais em todo o ciclo de produção dos produtos. Neste sentido, o Cobre reúne todas as características necessárias para ser o elemento chave da reciclagem consciente, e sem dúvida exercerá cada vez mais um importante papel no estímulo da fabricação de bens de consumo pautados em responsabilidade ambiental e sustentabilidade. (*) Márcio Rodrigues da Silva, coordenador do CPDE – Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensaios, da Termomecanica São Paulo S.A. RECICLAGEM RECYCLING
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