Jornal da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | Especial

DIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 55 Piscamos e o mundo parou. A pandemia passou a ditar as regras, o isolamento social ressignificou as relações e a comu - nicação deu um novo tom de voz, mostrando a sua relevância em todos os aspectos da nossa vida, seja pessoal ou profis - sional. Foi por meio dela que juntamos forças para encarar o desconhecido, motivar em tempos de incertezas, conversar e compartilhar os medos, cuidar dos mais vulneráveis e direcionar quando o caminho parecia dúbio. Diante de um cenário dinâmico, ela potencializou a máxima de que a comunicação é o alicerce para o desenvolvimento humano e social. O cenário da pandemia deu celeridade às mudanças que já vinham acontecendo e mostrou o seu poder de transformação. E como não pensar na maneira que a comunicação também foi afetada e quais os próximos passos? Uma das afirmações que podemos fazer, e que certamente todos devem ter observado, foi a potencialização das plataformas digitais como aliadas no processo de troca de informação, no cumprimento das atividades/metas do home office e no estreitar das relações. O pós-pandemia nos impulsiona a desenvolver uma comunicação humanizada, autêntica, assertiva e transparente, semmargens para a dúvida. Afinal, é preciso aproximar e en - gajar pessoas e times para manter o rendimento das atividades e a continuidade das relações, dando sentido ao novo normal. As empresas e os profissionais de comunicação precisam estar atentos a esse novo cenário, às oportunidades que dele surgem e mais do que isso: serem vigilantes para que a comunicação continue sendo estratégica e inovadora dentro das organizações. Para as empresas que não davam tanta importância para a comunicação e não visualizavam essa área como um ponto estratégico, os próximos passos serão mais árduos. O atual momento requer ações rápidas e efetivas, não só na comunicação, como em diferentes aspectos organizacionais. A palavra de ordem é transformação. A longo prazo, dar continuidade a uma comunicação dinâmica, que engaje os times e transforme a forma de pensar das nossas lideranças fará toda a diferença dentro das organizações. Afinal, o lado que comunica precisa do outro, de alguém que entenda. Isso dará o tom do sucesso das áreas e dos profissionais de comunicação.  Comunicação no pós-pandemia Girlane Arruda, Assessora de Comunicação da Cimento Apodi Fabio Takano, Gerente de Marketing & Comunicação da Cimento Apodi A hora e a vez da comunicação. Quando a humanidade parou, em choque, diante da ação avassaladora do coronavírus, foi na comunicação que pessoas e empresas encontraram meios para se organizar e reagir ao impacto trazido pelo inimigo oculto. A consolidação da comunicação como agente aglutinador da espécie humana, ressaltou a importância do seu papel, não só relatando o passado, mas ajudando a desenhar o futuro. Em um momento em que o mundo passa por grandes transformações, empresas e marcas têm buscado reforçar seus compromissos com um futuro cada vez mais sustentável. E os profissionais de comunicação corporativa vivem uma grande oportunidade de ajudar a contar esta história e, mais, de influenciar diretamente a elaboração do seu enredo. Se a era da transparência já estava determinada com a disseminação das redes sociais e o crescente acesso à tecnologia de comunicação, a pandemia nos mostrou que, além de transparente, o mundo está cada vez mais conectado. A informação corre na velocidade da luz, o mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) é uma realidade, e nesse cenário cada vez mais complexo, construir relações pautadas pela ética, pela confiança e pelo respeito é condição essencial para o sucesso de pessoas, empresas e organizações. Temos sido desafiados a nos reinventar diariamente. A empatia tornou-se uma palavra de ordem. Habilidades comunicacionais e competências de relacionamento são ainda mais essenciais. Saber ouvir, entender diferentes pontos de vista, construir pontes necessárias para estratégias colaborativas e compartilhar conhecimento. Aprendemos muito nessa crise que ainda não acabou e a nossa evolução foi do tamanho dos nossos desafios. Quando penso no nosso papel hoje e no futuro, imagino sempre uma jornada em plena evolução. No passado, chegamos a ser considerados como janelas que se abriamparamostrar a paisagem, mas não podiam ser responsabilizadas pela vista que exibiam. Às vezes, conseguíamos sugerir o melhor enquadramento para uma realidade que pouco conseguíamos influenciar. Hoje as janelas não existemmais e as paredes são transparentes. Cada vez mais, assumimos um papel estratégico, ajudando nossas organizações não somente a mostrar, mas a construir realidades melhores. Realidades baseadas em um propósito maior. Realidades mais plurais e diversas. Realidades sustentáveis.  Tempo de construir realidades melhores Raquel Ogando, Diretora Global de Comunicação Corporativa da BRF

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