Jornal da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | Especial

DIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 30 A pandemia do coronavírus tomou 2020 e transformou fundamentalmente não só as empresas, mas todos os tipos de organizações. Maiores exigências em responsabilidade e transparência atingiram o primeiro plano. O cuidado tornou-se parte vital da comunicação. Atuando em uma empresa como a Nespresso, que se relaciona compúblicos diversos e é formada por uma ampla cadeia produtiva, com responsabilidades sociais, ambientais e econômicas, enxergamos como se nosso maior stakeholder tivesse se tornado a sociedade como um todo. Com responsabilidades sociais e ambientais, como a reciclagem, o foco na economia circular e parcerias comcooperativas, buscamos construir uma comunicação que ampliamomentos de união e foco no coletivo. É nesse instante que a narrativa e a atitude damarca agemcontra problemas sociais, ambientais e suporta a sociedade. Em minha percepção, um dos efeitos da pandemia foi demonstrar como precisamos conversar, trocar, entender os impactos de nossas ações e os legados de nossos trabalhos. Hoje, a informação a respeito de ações positivas precisa chegar aos públicos, tanto para suprir a exigência cada vez maior de transparência nas empresas, quanto para apresentar nossos avanços e desafios aos nossos pares. A comunicação corporativa é zeladora da reputação da organização. Esse zelo acontece no diálogo positivo, capaz de integrar as ações internas da empresa com seus mais diversos públicos, respondendo de maneira consciente às preocupações globais e locais de todo o ciclo produtivo. Precisamos de uma comunicação genuína, assertiva e mais humana. Investir em comunicar com responsabilidade é também dar o exemplo, mesmo que seja para falar dos desafios do caminho e sobre metas futuras. Nunca podemos esquecer que empresas são formadas por pessoas: produtores, técnicos, funcionários e clientes, uma mesma família. Estamos nos encontrando diante da dificuldade de um inimigo comum que nos fez lembrar do que realmente importa. Comunicação é integração, é responsabilidade. É diálogo. Que tal colocarmos a conversa em dia?  Compartilhando narrativas que fazem a diferença: a comunicação empresarial agora Cláudia Leite, Gerente de Criação de Valor Compartilhado e Comunicação Corporativa da Nespresso Brasil Para responder ao desafio proposto pelos edito - res do Jornal da Comunicação Corporativa , tomei emprestado o título da canção deMiltonNascimento e Ronaldo Bastos, no qual incluí a interrogação. Estamos ainda em meio à pandemia que nos colocou em confinamento, mexeu com toda a es - trutura produtiva do planeta, alterou hábitos, criou novos modos de socialização e novas expressões, como a do novo normal, que, na verdade, ninguém sabe exatamente o que é. E aí cabe a pergunta: nada será como antes? É cedo para responder taxativamente, mas é necessária a reflexão permanente sobre este momento inédito e im - pactante na história da humanidade. Porque é importante afirmar que muitas atividades poderão voltar ao normal, os contatos entre as pessoas, aos poucos, voltarão a acontecer. Em algum momento iremos de novo ao teatro e ao cinema, aos jogos de futebol e à praia. Mas o advento da Covid-19 não poderá e não deverá ser esquecido, porque seus desdobramentos sobre nossa vida futura deixarão consequências e reflexos em todas as nossas atividades. Desde o começo da pandemia, na Abracom, temos afir - mado que a comunicação ganhou um novo lugar nas organizações. Mostrou ser aquilo que todos nós, os profissionais que hoje comemoramos o Dia da Comunicação Empresarial, já sabíamos e insistíamos em dizer. A comunicação corporativa é relevante e estratégica para empresas, governos e instituições porque é promotora de diálogo e interação, conecta as marcas aos seus públicos, forma opiniões através da produção de conteúdos relevantes e da promoção de debates dos mais variados temas. A situação de isolamento social e o trabalho a distância colocaram os departamentos de comunicação e as agências no centro das atenções. E estamos dando as respostas necessárias para que nossos clientes continuem ativos e operantes diante de todos os seus públicos. E, finalmente, talvez o mais importante. Valores como éti - ca, transparência, diversidade e inclusão, sustentabilidade e respeito ao meio ambiente e cidadania foram elevados como quesitos fundamentais para que consumidores, que querem acima de tudo ser vistos como cidadãos, tomem decisões de compras de produtos e serviços. As práticas empresariais precisam ir nessa direção e a comunicação estratégica é fundamental para que esses valores sejam disseminados. No fim das contas, nesse novo normal, muita coisa pode voltar a ser como era antes de março. Mas nada será como antes.  Nada será como antes? Daniel Bruin, Presidente do Conselho Gestor da Abracom e Sócio-Diretor da XCOM Conversar mais, refletir, entender melhor os legados que aportamos com nosso trabalho foram alguns dos fatores que, conforme relataCláudia Leite , da Nespresso, afloraram com a crise da pandemia e que de certo modo reforçaram o papel da comunicação de zeladora de reputação. Daniel Bruin , da Abracom, busca pontificar o que de fato veio para ficar e o que muito provavelmente voltará a ser o que era, sempre ao “fundo musical” de Milton Nascimento.

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