Jornal da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | Especial

DIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 28 A pandemia da Covid-19 trouxe desafios diferentes para cada área de atuação. Sendo no varejo, na indústria ou serviços todos tiveram que enxergar rapidamente onde seriam os seus gargalos e correr para tentar segurar o tsunami. No mercado de comunicação não foi diferente. Mas além da necessidade de uma gestão mais agressiva de nossas agências e adaptação ao novo modelo tivemos que, ao mesmo tempo, entender o impacto da pandemia nos negócios de nossos clientes para tentar ajudar a enfrentar a crise e o inesperado. Ninguém estava preparado e a comunicação ágil e empática foi peça fundamental nesse processo em que de uma hora para outra toda a equipe se separou, os clientes se trancaram em casa e a imprensa só podia ter olhos para a doença e seus impactos. Hoje conseguimos enxergar melhor os diferentes momentos desse trabalho que foi sendo talhado à medida que os desafios iam aparecendo. O grande ganho agora é poder enxergar todo esse aprendizado e levar essa bagagem na construção das campanhas de comunicação que seguirão. A mudança só começou e não vai parar, são sistêmicas, velozes e profundas. Questões comomudanças climáticas , racismoedesigualdadeentraram na pauta para não mais sair. A era dostakeholder . As empresas mais bem posicionadas no durante e pós-pandemia serão aquelas que estabelecerem relacionamento sólidos com suas partes interessadas. Parcerias para ganhar. O modelo concorrencial, do cada um por si, cada vez mais prova sua inadequação em um contexto que demanda desenvolvimento sustentável. Parcerias, um dos eixos da agenda 2030, serão uma das bases do novo ambiente de negócios. Sem transparência não se vai a lugar algum. As empresas ocuparam a liderança em grande parte da gestão dos efeitos da pandemia e a sociedade dirigiu, como nunca, seu olhar para elas. Espera-se que as empresas passem consistentemente a compartilhar como e por que agem em relação aos impactos de seus negócios e às suas responsabilidades com suas partes interessadas. Inteligências convergentes. Os dados são amigos, mas dependem de uma leitura humana, ética e empática para serem bem utilizados. Inteligências artificial e humana comple - tam-se para alcançar um resultado ótimo. Os consumidores estão mais abertos para compartilhar informações e aceitar um nível mais alto de flexibilidade de privacidade; eles tam - bém exigem compromissos fortes das empresas. As marcas devem saber decifrar essas tendências e responder com campanhas que tragam verdade e legitimidade. Nossa responsabilidade agora é traduzir isso tudo dentro dos clientes, respeitando os diferentes DNAs e com efi - cácia nos planejamentos! Vamos juntos!  Da mudança à transformação, os cinco pontos que vão deixar nosso mercado melhor depois da pandemia Beth Garcia, Diretora da Approach Comunicação Apesar de estar sendo o ano mais triste de nossas vidas para muitos de nós, em especial aos que perderam entes queridos e sofreram alguma das consequências da pandemia, 2020 acelerou algumas tendências que, ao menos na visão dos mais otimistas, podem ajudar na mudança de mindset que precisamos sobre uma série de questões que se tornam cada vez mais urgentes. Não dá mais para ignorar a crise ambiental que estamos atravessando e a urgência de uma retomada mais consciente e sustentável. As pessoas esperam cada vez mais das empresas na resolução dos desafios que dizem respeito a elas e à sociedade e algu - mas marcas começam de fato a se mobilizar. Encontramos novas formas de nos relacionar, de trabalhar, de consumir e de viajar. Também quero acreditar que aprendemos a olhar com mais empatia para o outro, seja alguém da família, um amigo ou um colega de trabalho, e que passamos a valorizar cada vez mais a informação de qualidade e porta-vozes transparentes, competentes e éticos. Esses são apenas alguns exemplos. Cada uma dessas questões reflete-se de alguma forma em nosso ofício de comunicador. Nossa responsabilidade é cada vez maior na construção de propósitos que promovam mudanças positivas para todos, com a responsabilidade ambiental e social, com a diversidade com inclusão, com a transparência e com a verdade. E talvez uma das lutas mais árduas nesse momento seja contra a infodemia e a favor da democracia. Para isso é preciso força, determinação e união da classe. Encerro com um convite à reflexão por meio de uma frase de Martin Luther King que se encaixa como luva nos tempos de hoje. “O que me preocupa não é o grito dos maus. Mas o silêncio dos bons”.  Uma comunicação cada vez mais transparente, competente e ética Claudia Jordão, Gerente de Comunicação Institucional da Edelman Brasil Beth Garcia , da Approach, de forma didática, revela, por seu ponto de vista, os principais legados que a pandemia aportou até aqui à comunicação e como isso deve ser aplicado nas novas campanhas e projetos de comunicação. Claudia Jordão , da Edelman, debruça o seu olhar nas transformações mais profundas que estão a nos espreitar e que exigem força e determinação na busca de um mundo mais saudável, democrático e verdadeiro.

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