Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2021
AGÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2021 96 presente, estão voltadas, entre outras frentes, para a ampliação do leque de opções digitais, uma das prioridades de todo o segmento, e o treinamento de porta-vozes para lives e outros eventos do gênero. “A demanda pelo serviço segue aquecida. Nossa agenda está tomada até novembro”, diz Silva. Já olhando de binóculo e pelo espelho retrovi- sor 2020, Paulo Andreoli, chairman Latam da MSL Group, concentra energias em 2021, que, segundo garante, vai bem, obrigado. “Não sei se recupera- remos os números excepcionais de 2019 e 2020, mas estamos no caminho. E embora tenhamos tido uma queda importante na receita, no ano passado, o mesmo não aconteceu com nossa margem, que continuou significativa, e nem com a carteira de clientes, que foi mantida e hoje nos garante alguns bons projetos que demandam atendimento estraté- gico, digital e ferramentas globais de comunicação, uma constante em nossas ações”. Uma das mais marcantes na pandemia, segundo Andreoli, foi o desenvolvimento de um conjunto de ações preventivas sob a orientação do dr. Dirceu Bar- bani (ex-presidente da Anvisa), que pudemos apor- tar para todos os nossos clientes, em especial para a Aegea, que tem 157 empresas no País. Foi uma iniciativa pioneira, de PR segmentado, que acabou ganhando projeção internacional, sendo exportada para países da Europa, em parceria com agências locais integrantes de nossa rede mundial”. O desafio da inteligência antecipativa - An- dreoli olha para o futuro com obstinação: “Eu penso que o futuro de nossa atividade estará intimamente ligado à capacidade das agências em diagnosticar e antecipar com precisão movimentos que estão em formação e que vão impactar os negócios. É a tal da inteligência antecipativa, que exige o uso de data base e inteligência artificial”. Ele explica: “Hoje o co- mum é se fazer um planejamento estratégico usan- do parâmetros do passado. Vale-se da retrospectiva para projetar o futuro. Mas os grandes movimentos provam, mais do que nunca, que isso não é verdade. Precisamos, na comunicação, integrar profissionais de alto nível e de diferentes perfis, para que haja di- versidade e complementação, e muito uso de inteli- gência artificial, capaz de mapear temas sensíveis no mundo inteiro, de escanear o ambiente. E fazer isso transformando uma célula que seria apenas empírica numa célula de perfil também científico, de alta formação, para com isso buscar estratégias para os negócios, capazes de antecipar o futuro do setor”. Andreoli também entende que as empresas ca- minham de forma consistente para ampliar os in- vestimentos em canais e mídias proprietárias, para desse modo chegar mais diretamente aos seus consumidores, sem tanta dependência das big te- chs (Google, Facebook, Instagram Twittter e Linke- din). “Temos aí uma avenida de oportunidades para as agências, que são especializadas em conteúdos, em mídias espontâneas, em criar inovações com belíssimos resultados e retorno. E simultaneamente um forte mercado de trabalho para o jornalista, que, por formação, reúne sensibilidade e capacidade de trabalhar com múltiplos conteúdos, indo muito mais profundamente ao âmago das questões”. Dentro do C-Level e dos Conselhos de Admi- nistração - Assim como aconteceu com todo o se- tor de comunicação, a pandemia teve um impacto significativo no Grupo Ideal. Entre março e junho de 2020, a agência sofreu a redução de alguns fees , a suspensão de alguns contratos e se viu obrigada a reduzir uma parcela do quadro de colaboradores. “Entramos em home office no dia 13 de março de 2020”, lembra Eduardo Vieira, co-CEO do Grupo Ide- al, “e continuamos nesse regime até agora, muito mais do que o previsto. Foi uma época de muitas Paulo Andreoli, MSL Group
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