Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2021

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2021 57 Entre os aspectos positivos que contribuíram para o desempenho das agências em 2020 o mais citado mantém o destaque conquistado na última edição desse estudo – “qualidade no atendimento”, com 69,0%. Porém, o destaque que aparece em segundo lugar nas citações, com 56,8% – “novas demandas provocadas pela pandemia” – indica que os efeitos nefastos da pandemia também exigiram de muitas empresas a contratação de serviços de agências que, de certa forma, amenizaram os efei- tos da desaceleração das atividades econômicas, que também atingiu o mercado da comunicação corporativa. Corrobora essa afirmação a indicação, por 52,4%, da conquista de “novos clientes” como ponto positivo de destaque no ano passado. Como não poderia deixar de ser, o principal pon- to negativo que afetou o desempenho das agências de comunicação corporativa em 2020 refere-se à pandemia. Citam o “cancelamento, suspensão ou redução de valores de contratos em função da Co- vid-19” – 72,5%! Também os três outros motivos mais citados, em segundo, terceiro e quarto luga- res, com 60,7%, 58,5% e 51,5%, respectivamente, “incertezas no cenário econômico / desaqueci- mento da atividade econômica”, “desaquecimento econômico provocado pela pandemia da Covid-19” e “ fees menores / redução do orçamento dos clien- tes”, relacionam-se diretamente com a situação de crise e pandemia vivida em todo planeta. Foram realizadas inovações em produtos, serviços ou nos processos de gestão em 65,1% das agências, índice que mantém o patamar dos últimos levantamentos. A área em que mais ino- vações foram implantadas foi a digital, em 38,3% das agências. As outras áreas de inovação mais citadas foram: “aperfeiçoamento de processos internos / melhoria na gestão”, com 19,5%, “pro- dutos para mídias sociais / redes sociais / apps / monitoramento de influenciadores”, com 14,1% e “tecnologia”, com 12,8%. O mercado de contas públicas é efetivamen- te disputado por 18,8% das agências, ainda que 27,1% indiquem a intenção de participação. O restante, 54,1%, confirma que não tem nenhuma intenção de ingressar nesse segmento do merca- do. Os principais motivos para não participação em licitações públicas permanecem os mesmos dos últimos levantamentos (política comercial da em- presa / burocracia excessiva nos processos / foco no setor privado / falta de transparência, editais direcionados). O crescimento do número de agências que in- vestiram em suas organizações, que vinha ocor- rendo desde 2016, foi interrompido em 2020. As dificuldades econômicas trouxeram o índice para 71,2%, contra 87,9% do ano anterior. Ainda assim, o patamar mantém-se alto indicando confiança no futuro próximo e resiliência das agências. A área de TI/Tecnologia mantém a ponta entre as citações de áreas de investimento com 58,9%, seguida pela área de Recursos Humanos com 39,3% e Treina- mento/Conhecimento com 37,4%. 1.2 Desempenho geral em 2020

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