Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2021
Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2021 145 Em São José dos Campos está a sede da Eight Technologies. A mensuração com uso de inteli- gência artificial é uma das atrações das empresas com atuação forte no interior de São Paulo para se expandirem. São agências que buscam conso- lidação no mercado da capital paulista – onde o cenário é mais competitivo e os clientes, mais exi- gentes – para daí ampliar os negócios para outras regiões do Brasil. É o caso de Teresa Sampaio, da Preview News, com sede em Araraquara e repre- sentação em São Paulo. Expande sua influência para Ribeirão Preto, Presidente Prudente, São José dos Campos, Bauru, Marília, entre outras cidades. Outro polo é o SerraTec (Parque Tecnológico Re- gião Serrana), em Petrópolis, no Estado do Rio. O La- boratório Nacional de Computação Científica (LNCC), instalado com investimento de R$ 63 milhões da Pe- trobras e seus parceiros em consórcio de exploração de petróleo, tornou-se das maiores plataformas com- putacionais do continente. Congrega cerca de 170 empresas, que empregammais de 3 mil funcionários, com um faturamento de R$ 585 milhões anuais.Ali se estabeleceu o supercomputador mais rápido da Amé- rica Latina, o Santos Dumont, que atende as pesqui- sas da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) e da Univer- sidade Federal Fluminense (UFF), entre várias outras. A sede da Info4 está lá, ao lado desse supercomputador, e usufrui da infraestrutura, pois a região concentra mão de obra muito especializada. Foco dos pensadores da região, o parque tec- nológico da UFRJ, na Ilha do Fundão, mantém in- cubadora de startups . Entre elas, está a Twist Data Science, que monitora informações por IA, usando data science e data mining . Tem entre seus clien- tes a Rede Globo e a Approach. O Programa de Pós- -graduação em Ciência da Informação acompanha o trabalho da Twist para um estudo acadêmico sobre essa especialidade. Os critérios dos clientes - Maurício Cruz, CFO da Info4, afirma: “Hoje, 80% de nossos clientes são empresas privadas de grande porte. Quase não há empresas públicas entre eles, devido às caracterís- ticas dos processos licitatórios”. Os principais for- necedores desse produto têm capacitação técnica mais que suficiente, porém não entram em briga de preços. Nas empresas privadas, muita coisa mudou, no mundo da reputação, com a chegada da tecnolo- gia e da inteligência artificial. Quem usa esse serviço bem sabe por que o faz. “Houve um amadurecimento no universo corpo- rativo sobre o papel da reputação no negócio, sobre ter melhores práticas – o fundamental walk the talk [ou o fazer, e não apenas falar]. E medir esse papel, da mesma forma como medimos a operação, é fun- damental para essa evolução. O impacto das ações de comunicação no desempenho das empresas dei- xou de ser uma projeção para se tornar algo tangível, com a ajuda de ferramentas tecnológicas desenha- das para traduzir o que comunicamos em números e cifras”, define Daniela Valverde, da Coca-Cola. Para Matheus Lombardi, sócio e head de Reputa- ção da XP Inc., o mercado financeiro sempre esteve um passo à frente em termos de tecnologia, e aqui não é diferente. Para conquistar todos os clientes in- ternos em uma companhia, a tecnologia é sempre a principal parceira, para enxergar o que está ao redor, corrigir rotas, estruturar determinadas estratégias. “Para nós, a exigência pode ser muito maior do que para outros setores”, constata Lombardi, que atua nesse cenário. “Isso traz para a conversa os execu- Teresa Sampaio, Preview News
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