Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA

AGÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2021 100 de retaguarda, como as áreas administrativa, finan- ceira e de recursos humanos”, diz ele. Ano-gangorra - A Race Comunicação também não teve motivos para se queixar de 2020. Com uma carteira bem diversificada, com as presenças de três nomes de destaque do ramo de alimentos, a agência viu as suas receitas caírem 30% em abril, em ra- zão de cancelamentos de contratos e cortes de fees . O tombo foi compensado, com sobras, na segunda metade do ano. “Crescemos 12,82% no ano. Fica- mos abaixo, é fato, da meta de 20%. Mas atingir um resultado de dois dígitos em um exercício tão com- plexo como o de 2020 foi excepcional”, comenta o diretor executivo Rogério Artoni. A meta de evolução traçada pela Race para este ano permanece a mesma, 20%. A intenção é alcan- çá-la por meio de apostas em serviços e produtos digitais, que continuam a ser muito procurados, e também com a atração de negócios do exterior. Ar- toni, no entanto, identifica um sério obstáculo à ex- pansão de todo o setor no curto prazo. “Há muitas empresas internalizando a comunicação”, diz ele. “Creio que esse será o grande desafio das agências nos próximos anos.” Outro dado novo no mercado de RP, e que vem compensando em parte a trajetória cadente dos fees , é a crescente demanda por projetos. In Press e LLYC (Llorente y Cuenca) são algumas das beneficiadas pela tendência. De uma participação no faturamento inferior à marca de 20%, há cerca de cinco anos, os chamados jobs responderam por uma fatia de 40% das receitas totais apuradas pela primeira em 2020, que registraram evolução nominal de 6% em relação a 2019. Jobs em ascensão - “Os projetos apresentam vantagens consideráveis em relação aos contratos, pois se relacionam, na maioria dos casos, à pres- tação de serviços de maior valor agregado e ge- ralmente não estão sujeitos aos crivos dos depar- tamentos de compras das empresas”, observa Kiki Moretti, CEO do Grupo In Press. “O formato é, a meu ver, a melhor opção para organizações com deman- das mais complexas na área de comunicação, que são difíceis de serem enquadradas em contratos.” Também decidida a valorizar a sua proposta de Cleber Martins, LLYC Brasil Kiki Moretti, Grupo In Press Rogério Artoni, Race Comunicação