Revista Locação 93

24 UM ANO ATÍPICO. EM SUA última coletiva de imprensa antes do fe- chamento desta edição, a Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, revisou suas previ- sões para 2020 e disse acreditar que este ano da pandemia não será tão catastrófico como se imaginava. Em setembro, o mercado deu bons sinais de recuperação, e agora a estimativa é que o mer- cado atinja vendas de 1,92 milhão de veículos (incluindo automóveis, comerciais leves, cami- nhões e ônibus. Isso representa uma queda de 31% nos negócios em relação a 2019, mas, ainda sim, diante das circunstâncias atípicas, um de- sempenho razoável. Permanência da retração ou retomada em 2021 é a grande questão agora. Como tantos ou- tros mercados, o setor automotivo depende de si- nais positivos da economia para se reerguer. Para as locadoras, o impacto da crise mundial provocada pelo novo coronavírus foi sentido logo de início. O aluguel para viagens de negócios, por exemplo, foi reduzido drasticamente. Mas a ter- ceirização de frotas, por sua vez, conseguiu man- ter a maior parte dos contratos. Agora é o momento da retomada, que deve continuar em 2021. “Foi um movimento gradual de retomada. Começou em junho e foi se conso- lidando ao longo dos meses. Modalidades como o aluguel para motoristas de aplicativo tiveram uma recuperação rápida. E a tendência é ter- mos uma valorização do serviço de locação de veículos, uma vez que nesse primeiro momento as pessoas vão preferir o transporte individual”, afirma Paulo Miguel Junior, presidente do Conse- lho Nacional da ABLA. Um sinal de que a atividade está voltando a normal é que as locadoras voltaram a adqui- rir novos veículos para renovar a frota – e nem sempre estão encontrando opções para a compra imediata. “Dependendo do carro, a locadora terá dificuldade de encontrar para comprar”, comple- ta Paulo Miguel. E 2021, como será? Frota 2021 demandará a retomada da renovação de frota nos patamares anteriormente praticados pelas locadoras

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