Revista Locação 91

27 A CHAMADA terceirização de frotas, contratos longos de locação com pessoas jurídicas, respon- de por aproximadamente 54% dos negócios. E o potencial de crescimento para este nicho é gran- de: estima-se que 70% das frotas corporativas no Brasil ainda não foram terceirizadas. Diante dessa importância para o setor, é de se perguntar qual será o impacto da pandemia na atividade de terceirização de frotas. Para Adriano Donzelli, do Conselho Consultivo da ABLA, a crise provocada pelo novo coronaví- rus poderá ser uma aliada. “É um momento de enxugamento do crédito e busca de liquidez. O empresário percebe que tem muito recurso in- vestido numa frota, que não é o core business dele. Isso o leva a partir para a terceirização. E quem faz essa migração, dificilmente volta atrás”, afirma ele. O vice-presidente da associação, Marco Aurélio Gonçalves Nazaré, concorda com ele: “Para quem “Estamos nos preparando para o novo cenário?” trabalha com terceirização, a retomada pós-Co- vid19 será uma oportunidade. Nesse momento, as empresas querem gerar caixa vendendo ativos. Isso estimula a aceleração de mudança de cultura a favor da terceirização”, avalia. A terceirização de frotas, pondera Adriano, é um investimento a longo prazo. Portanto, sofre menos com a atual crise. “Enquanto no aluguel di- ário existe um impacto inicial muito forte com as incertezas que a pandemia trouxe, a terceirização segue demandada e até com mais frequência em alguns setores, como os de infraestrutura, tecno- logia e energia”, explica. Mais importante do que detectar essa deman- da pontual é olhar para o futuro de uma maneira menos fatalista e mais realista. “Muitos hoje estão se perguntando quando isso vai acabar. Acredito que a pergunta correta é ´será que estou prepara- do para esse novo cenário que está chegando?´”, completa Adriano. A BUSCA POR LIQUIDEZ IMPULSIONARÁ A CULTURA DA FROTA TERCEIRIZADA APÓS A PANDEMIA, ALERTAM EMPRESÁRIOS DO SETOR

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