ALUMÍNIO BRASILEIRO - soluções para uma vida sustentável

ALUMÍNIO BRASILEIRO SOLUÇÕES PARA UMA VIDA SUSTENTÁVEL 57 RECICLAGEM: ALÉM DO ÓBVIO Para oferecer essas opções ao mercado, as empresas realizaram inventários de emissões e obtiveram certificações externas que garantem aos clientes a vera- cidade das informações. Em uma perspectiva mais sistêmica, a atividade econômica da reciclagem no Brasil necessita de uma estrutura tributária que a incentive, considerando os inúmeros benefícios que promove. Isto depende de um trabalho que tem sido feito pela ABAL de atuar junto aos entes tributantes para que reconheçam e alte- rem a situação atual, onde incidem tributos ao longo de toda a cadeia, afetando o custo do produto final e incentivando a informalidade. Outro aspecto importante é o de vazamento de carbono, que ocorre quando pro- dutos de alumínio importados de países que tem pegadas de carbono maiores do que as dos produtos feitos em nosso País chegam aqui sem fornecer essa infor- mação aos clientes. A precificação global do carbono e um sistema de rotulagem ajudariam a reduzir esse problema. A medição da reciclagem A ABAL publica dois indicadores de reciclagem:  O índice de reciclagem de latas de alumínio para bebidas, que em 2015 chegou a 97,9%, mantendo o Brasil no topo do ranking global por mais de uma década.  O indicador de relação entre sucata recuperada e consumo doméstico de produtos de alumínio, que em 2015 chegou a 46%, bem acima da média mundial de 27%. O fato de que 75% de todo o alumínio produzido ainda se encontra em uso, ajuda a compreender a limitação desse indicador, que induz a errônea conclusão de que 54% do alumínio produzido não foi reciclado. Seria importante obter as taxas de reciclagem (e o conteúdo reciclado) médio para cada produto de alumínio, para que os mesmos pudessem ser avaliados em termos de pegada de carbono. Para isso, seria necessário um grande esforço de criar um modelo de fluxo de massa, capaz de monitorar e obter esses indicado- res, o que ainda não está disponível. Conteúdo reciclado de alumínio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou, no início de abril, a norma ABNT NBR 16598:2017 - Alumínio e suas ligas - Definições e métodos de cálculo para de- terminação do conteúdo reciclado em produtos extrudados, laminados e fundidos. A nova norma deverá ser uma ferramenta importante para edificações que buscam alguma certificação, como o selo LEED ( Leadership in Energy and Environmental Design ), por exemplo, que é destinado a projetos sustentáveis, envolvendo tanto o aproveitamento dos recursos naturais, como o uso da energia solar, ventilação natural e outros aspectos que reduzem impactos ecológicos. Com ela, ficam padronizadas as definições de fronteiras nos fluxos de processo, diferenciando a geração dos três tipos de resíduos metálicos: Run Around Scrap (RAS), material reciclável de pré-consumo e pós-consumo. A norma também apresenta modelos de autodeclararão de conteúdo reciclado de alumínio.

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